Guarapuava – Possibilidade de perda de mandato e de expulsão do PSB, envolvimento criminal e fraturas múltiplas pela face. Esta é a situação que envolve o deputado estadual Fernando Carli Filho desde a madrugada do dia 7 de maio quandos e envolveu em acidente que matou dois jovens.
Na quinta-feira, 14, o presidente do PSB estadual, Severino Araújo emitiu nota oficial falando sobre a possibilidade de expulsão do deputado dos quadros do partido.
O líder da bancada na Assembleia Legislativa, Reni Pereira também avalisa a nota oficial. o documento diz que partido foi surpreendido com o noticiário da Tragédia do Mossunguê dia 7 de maio, em Curitiba, causada aparentemente pelo despreparo e irresponsabilidade do deputado Luiz Fernando Ribas Carli Filho, ocasionando na morte de dois jovens, motivando revolta e repúdio da sociedade e a condenação da opinião pública, em geral, com repercussão negativa ao PSB, inclusive, em nível nacional.
O deputado também recebeu notificação da Executiva Nacional do Partido para que ele apresente defesa no prazo de 10 dias. Segundo o PSB, o deputado violou o código de ética do partido. A tragédia está arranhando a imagem do partido e não podemos ser omissos. O Estatuto prevê punições, desde advertência até expulsão, e vamos decidir como agir após receber a defesa do deputado por escrito, afirmou Severino Araújo.
Se não bastasse tudo isso, na Assembleia Legislativa tramita pedido de cassação do mandato de Cari Filho protocolizado pelo criminalista Elias Mattar Assad, contratado pela Família Yarede, que teve o filho Gilmar morto no acidente ao lado do amigo Luis Murilo Almeida, segunda vítima fatal do acidente. A Comissão de Ética da AL reúne-se na segunda-feira, dia 18, para discutir o pedido com a Mesa Executiva da Casa e com Assad insiste na tese de que a Constituição Estadual e o Regimento Interno da Assembleia exigem dos parlamentares conduta exemplar. O deputado violou as leis de trânsito e dirigia com a carteira de habilitação vencida, afirmou.
Deputados patrocinam um movimento os bastidores da AL para que Carli Filho renuncie o mandato.
No lado pessoal do deputado a situação também se afunila. Ele pode ser acusado por homicídios dolosos.
Aos poucos, entram em cena novos elementos que agravam a situação. Além da repercussão nacional e internacional do fato, a família de Gilmar Rafael de Souza Yared, não dá tréguas. Os pais da vítima estão contestando os boletins médicos divulgados pelo Hospital Evangélico sobre o estado de saúde de Carli Filho nos dias em que esteve internado se recuperando do acidente. Há desconfianças de que a gravidade do caso, conforme foi divulgada, não seria verdadeira.
A assessoria de imprensa do Evangélico disse à Gazeta do Povo de hoje, 15, que o hospital irá apurar eventuais erros. Na quinta-feira passada, o hospital informou que Carli Filho havia sofrido traumatismo craniano grave, múltiplas fraturas na face e apresentava sinais vitais instáveis.
Outra iniciativa tomada pela Família Yarede que diz que a morte do filho não será em vão e que vai buscar justiça até que esta seja feira, é a criação de uma ONG para vítimas de acidentes de trânsito. Camisetas com foto de Gilmar e a frase Queremos justiça estão sendo usadas em Curitiba.
Como já fi divulgado pela Rede Sul de Notícias ontem, 14, o advogado Elias Mattar Assad, protocolou Assembleia Legislativa um pedido de revogação da licença de 60 dias que foi concedida ao deputado Fernando Ribas Carli Filho (PSB). Segundo o criminalista, AL não teria cumprido o regimento interno da Casa, que obriga a votação do pedido de licença no plenário e a aprovação da maioria dos deputados.
Com informações da Gazeta do Povo