Da Redação, com assessoria
Guarapuava – Deputados que compõem a Frente Parlamentar para o Desenvolvimento do Oeste do Paraná retomaram a luta para destravar a construção de uma nova infraestrutura no Trevo Cataratas em Cascavel, que convive diariamente com congestionamentos e até acidentes. O Departamento Estadual de Estrada de Rodagem (DER) apresentou para a Frente Parlamentar, da qual faz parte o deputado Marcio Pacheco (PPL), o projeto que pode ser definitivo para resolver os problemas existentes no local.
O entroncamento rodoviário é um dos maiores do Estado, ligando as rodovias BR-369, no sentido de Maringá, a BR-277 na direção de Guarapuava e de Foz do Iguaçu, a BR-467 com o tráfego de Toledo e a avenida Brasil de Cascavel.
A apresentação foi feita ontem (13) na Assembleia Legislativa do Paraná, com as presenças do presidente diretor-geral do DER, Nelson Leal Júnior, bem como técnicos do órgão.
Durante a reunião, os técnicos do DER detalharam a obra, que está sendo planejada em duas fases, totalizando um investimento de aproximadamente R$ 80 milhões. O valor seria dividido em duas etapas.
Na primeira, seriam investidos R$ 65 milhões na construção de viadutos, melhorando a trafegabilidade na região. A segunda prevê aporte de R$ 15 milhões para complementar o projeto. De acordo com o coordenador da frente, deputado José Carlos Schiavinato (PP), o objetivo da reunião foi permitir aos parlamentares o melhor conhecimento da execução do projeto, bem como o debate sobre a forma de viabilizar os recursos financeiros.
Para Pacheco, a questão do Trevo Cataratas foi tratada com descaso ao longo dos anos. “Trata-se de um problema de várias décadas e que sempre foi usado como promoção política por muita gente, mas de forma mentirosa. Basta verificar que até agora não foi resolvido”, ressalta o deputado.
Ele não tem dúvida da necessidade e urgência da obra. “Sabemos que não é fácil resolver esse gargalo. Vamos unir as forças dos deputados da região para a construção da obra. Porém, não queremos criar uma falsa expectativa para a população porque a construção da obra não depende de nós”, ressalta Pacheco.
De acordo com o diretor-geral do DER, Nelson Leal Júnior, os custos da obra seriam pagos de duas maneiras; ou por meio do ajuste da tarifa do pedágio ou pela inclusão da obra no pacote de investimentos próprios do Estado, com recursos do BID (Banco Interamericano de Desenvolvimento).
Os parlamentares, no entanto, de forma unânime, rechaçaram a ideia de reajuste tarifária (acima de 12%), que encareceria ainda mais os valores exorbitantes praticadas pela Ecocataratas, responsável pela cobrança do pedágio na BR-277, entre Foz do Iguaçu e Guarapuava.
“É inconcebível qualquer aumento tarifário porque os usuários da BR-277 já pagam um dos pedágios mais caros do País”, frisa Pacheco. A saída apontada no encontro é promover uma ação política em conjunto com o Estado para que esta obra saia do papel, a partir do empréstimo que o governo fará de R$ 1,5 bilhão junto ao BID.
Participaram da reunião, além de Pacheco e Schiavinato, os deputados Adelino Ribeiro (PSL), André Bueno (PSDB), Professor Lemos (PT) e Ademir Bier (PMDB).