22/08/2023

DESEJO DE FÊNIX

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O que fazer se minha natureza é entrega, é total entusiasmo pelas oportunidades que abraço, pelas pessoas que amo, os momentos e sonhos em que  mergulho profundamente.

Como domar um espírito de fênix, que das experiências dolorosas renasce revigorado e ainda mais crente, com mais vontade de viver e ser feliz?

Por que me condenam, velada ou frontalmente, quando sinto vontade de brincar, saltitar e realizar projetos que amadureceram, mas nunca se perderam dentro de mim?

É feio ainda ser jovem aos 50 anos? É probido acordar todo dia de bom humor? É insensato acreditar no amor que há de chegar?

Por que desconfiam da minha energia e e intensidade, e tantos torcem para que essa chama se apague, para que suas teorias não caiam por terra? Antes deviam desfrutar dessas vibrações que emanam impunes por todos os meus poros.

 Às vezes eu lamento, eu choro copiosamente. Não entendo porque preciso me enquadrar em caixotes sem janelas. Quero apenas seguir sendo eu, sem incomodar essa gente desconfiada, que nos olhos não traz mais viço, nem sorriso espontâneo, nem afeto no pobre coração.

No silêncio da minha solidão, alço voos secretos, irreveláveis. Por mares e terras, mundos e micromundos eu sigo em busca de paz. Tocando e sendo tocada, transformando e sendo transformada, expandindo, indo, indo, indo…

Não importa muito o ponto de chegada, mas como eu experencio cada segundo dessa jornada. Que um dia eu seja tão amor que já nem exista mais em formas e emoções, apenas em aroma, lembranças, energia e luz, para me acomodar na paz que anseio e não incomodar a mais ninguém.

 

Cris kozovits

11/05/2015

Cristina Esteche

Jornalista

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