22/08/2023


Brasil Economia

Desemprego e inflação impulsionam inadimplência no 1º semestre de 2019

Dados revelam que valor médio da dívida do brasileiro é de R$ 3.252,70

cartão de crédito

*Reportagem com áudio/Repórter Cintia Moreira/Agência Rádio Mais

Cartões de créditos são os vilões (Foto: Agência Rádio Mais)

Uma pesquisa feita pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) mostra que a inadimplência do consumidor cresceu 0,9% no primeiro semestre de 2019. O estudo é comparativo com o fim do ano passado. Esta, no entanto, é a segunda menor variação desde 2012. Nesse ano a inadimplência cresceu 5,8% no primeiro semestre.

De acordo com a CNDL, a autônoma Suzana Elias Azar, de 48 anos, engrossa a lista de brasileiros que estão com contas atrasadas. De acordo com a autônoma, o primeiro semestre deste ano foi complicado para conseguir emprego. Segundo ela, a inflação também foi um fator negativo.

Conforme a pesquisa, quem também tem enfrentando dificuldades para manter as contas em dia é a jornalista Fabiana Honorato, de 43 anos. Ela conta que se sente incomodada com a situação e espera que seja em breve possa regularizar os débitos atrasados.

De acordo com o educador financeiro do SPC Brasil, José Vignoli, o desemprego e a estagnação da economia alavancam os números de inadimplência entre os brasileiros.

PERFIL INADIMPLÊNCIA

Até abril deste ano, 62,6 milhões de pessoas se encontravam nessa situação. Isso representa quase 41% da população adulta. A alta mais acentuada foi na Região Sudeste. Foram 3,4% em junho frente ao mesmo período do ano passado, seguida pelo Norte e Sul do país.

Do total de consumidores que têm contas em atraso, um quarto (25%) está na casa dos 30 anos. Essa é a fase da vida em que as pessoas tendem a assumir mais compromissos financeiros, como casamento, filhos e despesas domésticas.

Conforme o educador financeiro do SPC Brasil, José Vignoli, o que chama atenção é o crescimento no atraso de contas entre população idosa. Principalmente entre 65 aos 84 anos.

Os dados apontam ainda que o valor médio da dívida do brasileiro é de R$ 3.252,70. O valor representa quase três vezes e meio o valor do salário mínimo no país, que é de R$ 998.

 

Cristina Esteche

Jornalista

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