Duas pessoas foram presas nessa segunda (2) pelo corte ilegal de árvores nativas. As prisões em flagrante ocorreram no interior de Rio Bonito do Iguaçu. De acordo com a polícia, equipes de Nova Laranjeiras e de Laranjeiras do Sul encontraram uma barraca de lona na beira de um rio.
No local, um homem conduzia um trator avançando sobre a mata. Outro, cortava as árvores utilizando uma motosserra. Conforme a polícia, um dos presos contou que ‘ocupou’ a área de preservação para fazer uma chácara para a filha. Já o condutor do trator disse que foi contratado para derrubar taquara para fazer pasto.
As prisões em Rio Bonito do Iguaçu são apenas um recorte do cenário de devastação no Paraná. De acordo com Autos de Infração Ambiental (IAA), com a sétima edição da Operação Mata Atlântica em Pé, o Paraná soma R$ 28.560.200 em multas.
Somente o Instituto Água e Terra (IAT) aplicou 291 autos de infração, totalizando R$ 21.560.200. O resultado de 10 dias de operação, divulgado na sexta (29), em 1.548 hectares, atingiu 16 municípios da Região Centro-Sul.
PRUDENTÓPOLIS E GUARAPUAVA LIDERAM
Conforme relatório, Prudentópolis lidera com 80 pontos de desmatamento. No entanto, a maior área devastada em uma única propriedade está em Guarapuava. A supressão de 51,22 hectares de Mata Atlântica gerou multa de R$ 616 mil.
Os demais municípios da Região são: Campina do Simão, Candói, Cantagalo, Espigão Alto do Iguaçu, Goioxim, Laranjeiras do Sul, Marquinho, Nova Laranjeiras, Pinhão, Porto Barreiro, Quedas do Iguaçu, Reserva do Iguaçu, Turvo e Virmond.
Em nove meses de 2023, o IAT, emitiu 865 AIA, no valor total de R$ 48.243.800 no Paraná. Uma vez confirmada a devastação, os responsáveis são autuados. Portanto, podem responder judicialmente nas esferas cível e criminal. E ainda estarão sujeitos a sanções administrativas.
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