Cerca de 200 presos de 17 unidades prisionais do Paraná estão confeccionando itens de proteção individual para agende de saúde e de segurança pública de todo o Estado. Em Guarapuava, a direção da Penitenciária Estadual de Guarapuava (PEG UP), informou que 10 presos estão trabalhando na produção os itens. Assim, são confeccionadas 150 máscaras cirúrgicas, 70 lençóis e 150 fronhas por dia.
O coordenador da regional, que abrange Guarapuava, Antonio Marcos Camargo de Andrade, explicou que a produção ainda está no começo. “Vamos ampliar com a chegada de novas máquinas de costura. Com isso, parte da produção será encaminhada à Polícia Militar da Região”.
Além disso, detentos que estiverem com suspeita ou confirmação de contaminação por coronavírus também receberão os materiais. De acordo com a Secretaria de Segurança Pública, o objetivo é produzir em média 7,8 mil itens por dia, ou seja, mais de 39 mil por semana. A cada dia trabalhado, os detentos se beneficiam com a redução de um dia de pena.
Além disso, toda esta produção tem o objetivo de reduzir a escassez de equipamentos de proteção individual contra o coronavírus no mercado. E, principalmente, para atender as áreas que mais estão cuidando da população neste momento: saúde e segurança.
O secretário de Segurança Pública, Romulo Marinho Soares explicou a importância da atividade. “Precisamos que os nossos profissionais estejam bem protegidos contra esta pandemia para poderem continuar seu trabalho”.
VERBAS
Mesmo contando com verbas e materiais adquiridos pelo próprio Departamento Penitenciário, a maior parte da matéria-prima (tecidos, elástico e linhas) chega às unidades por doação. Além dos hospitais beneficiados, instituições e entidades públicas municipais, estaduais e federais.
E ainda, os Conselhos da Comunidade e a Justiça Federal, comerciantes e grandes empresas privadas também têm fornecido recursos, equipamentos e matérias-primas, para receberem de volta os materiais beneficiados.
Com setores de costura em todas as regionais do Departamento Penitenciário, é possível que a produção seja aumentada. “Temos estrutura e podemos ampliar esta produção em caso de necessidade”. De acordo com o secretário, parte dos produtos já foi doado a hospitais e unidades públicas de saúde. E também às polícias Militar e Civil do Estado, assim como aos presos e servidores do Departamento Penitenciário.
A confecção dos materiais segue normativas de segurança e orientações de técnicos de saúde. Todas as regionais estão produzindo máscaras para atender as necessidades do próprio Depen e de forças da segurança pública. Além disso, na Região Metropolitana de Curitiba, em Francisco Beltrão e em Londrina, também há confecção de jalecos, que serão usados por servidores da saúde e da segurança pública.
Segundo o diretor-geral do Depen, Francisco Alberto Caricati, estão sendo tomadas as devidas precauções de higiene e limpeza em todas as etapas do processo. “Sabemos o quanto o cuidado com a higiene é importante. As doações que recebemos de matéria-prima retornam às instituições e organizações na forma do produto já pronto”.
TIPOS DE MATERIAIS
Os detentos estão produzindo três tipos de máscaras, sendo parte da produção descartável e outra lavável, além de pijamas e jalecos. As máscaras são feitas em camada tripla e confeccionadas a partir de três tipos de materiais: Spunbonded+Meltblown+Spunbonded (SMS), indicado para equipamentos médico-hospitalares.
Além de, Tecido-Não-Tecido (TNT), que tem duração de proteção de duas a três horas em ambientes controlados e são descartáveis. Há ainda a versão em tricoline, indicada para quem não tem contato direto com casos suspeitos ou confirmados e devem ser lavadas e esterilizadas imediatamente após o uso.
Além de Guarapuava, as unidades estão sendo produzidas e serão distribuídas nas Regiões de Curitiba e Região Metropolitana, Foz do Iguaçu, Cascavel, Londrina, Maringá, Ponta Grossa e Francisco Beltrão.
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