Desde 1940, o dia 19 de abril celebra o dia do índio que faz parte da origem do mundo e principalmente, das Américas. Mesmo depois de 82 anos, as populações indígenas devem continuar lutando pelo reconhecimento na sociedade. Isso porque, apesar de serem presentes na história, ainda não são presentes na igualdade dos direitos.
Dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) apontam que há cerca de 25 mil indígenas no Paraná. Destes, cerca de 17 mil vivem em aldeias em 30 municípios. No entanto, a população ainda entende de forma distorcida a importância de debater as pautas indígenas.
Uma pesquisa qualitativa feita com 350 entrevistados de diversos setores, como empresários, economistas e políticos, aponta que há um grande desconhecimento e distanciamento da realidade dos indígenas. Além de desinteresse e rejeição aos direitos indígenas, especialmente quando se trata do direito à terra.
Isso porque, aqueles considerados ‘não engajados’ com as pautas dos povos originários enxergam os direitos indígenas como uma “contraposição” aos direitos de outros segmentos da população geral. Inclusive, a data de celebração pode remeter a um esterótipo e até um preconceito, segundo um estudioso.
Conforme o doutor em educação pela Universidade de São Paulo e pós-doutor em Linguística pela Universidade Federal de São Carlos, Daniel Munduruku defende que a palavra ‘índio’ remonta a preconceitos. Por exemplo, a ideia de que o indígena é selvagem e um ser do passado, além de “esconder toda a diversidade dos povos indígenas”.
GARANTIA DE DIREITOS
Desse modo, é necessário deixar os estereótipos de lado e procurar conhecer as pautas defendidas pelas populações indígenas. Por isso, o presidente da Funai, Marcelo Xavier afirma que a Funai segue com o compromisso de levar desenvolvimento aos indígenas e tem potencializado projetos sustentáveis em aldeias de todo o Brasil.
O etnodesenvolvimento é o grande futuro para as terras indígenas, pois possibilita aliar autonomia, geração de renda e sustentabilidade. Assim, podemos levar dignidade às diferentes comunidades. A Nova Funai entende que o indígena é o protagonista da história dele, ao passo que ele não deixa de ser indígena por buscar melhores condições de vida.
(*Com informações do Portal Uol e BBC)
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