Guarapuava – Dona Euralina Maria R. Belim, 66 anos, teve um mal súbito e foi internada às pressas num dos hospitais de Guarapuava. Era o início de uma luta travada entre a vida e a morte, e que tinha como mediadora uma equipe médica composta por cardiologista, neurologistas, pneumologistas, entre outras especialidades.
A pressão arterial da paciente ficou descontrolada, ela teve depressão, pneumonia e outras complicações que a levaram ao coma durante 24 dias, tendo que ser internada duas vezes, a última delas na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital Santa Tereza.
A causa da doença foi procurada pelos médicos por meio de inúmeros exames. Tudo foi feito, mas não houve um diagnóstico preciso, diz a filha de dona Euralina, Anelise Ramos Belim Kuchak. Coincidentemente, a minha mãe foi numa farmácia e lhe venderam um remédio para pressão alta e que continha diurético. Outra possibilidade é que fosse um estresse profundo provocado por um telefonema de estelionatários dizendo que eu tinha sido sequestrada, o que não era verdade, mas deixou minha mãe muito nervosa, conta.
Como a paciente estava fragilizada e tinha recebido a primeira alta hospitalar recentemente, o estado de saúde se agravou. Ela dizia que não estava se sentindo bem, pedia orações e foi apagando, relembra Anelize.
O segundo internamento hospitalar foi traumático para a família. Por mais que se esforçassem, os médicos não sabiam o que a minha mãe tinha. Alguns deles foram desistindo, mas um deles persistiu e fez o que até era impossível para salvar a minha mãe, reconhece Anelize.
O cardiologista Ernani de Campos cuida da saúde de dona Euralina há anos. Mediante o último quadro clínico complicado da paciente não hesitou em abrir mão do pouco tempo livre que tinha. Ele sempre ficou junto, acompanhando tudo, procurando saber o que estava acontecendo, conversando com outros médicos. Essa dedicação nunca vamos esquecer, diz Anelize.
Dona Euralina venceu a doença e já se recupera em casa. Ela ainda tem dificuldades para conversar por causa da traqueotomia, cirurgia feita para a desobstrução das vias aéreas. Minha mãe está boa, já caminha, se alimenta. Ela está viva e devemos tudo isso à equipe que cuidou dela, mas em especial ao doutor Ernani, pela dedicação e por acreditar que minha mãe se recuperaria. Ele nenhum momento ele desistiu dela, comemora Anelize.