22/08/2023


Cotidiano Guarapuava Saúde

Dia Mundial da Saúde: preço alto no mercado dificulta práticas saudáveis

Com o preço da cenoura chegando a R$ 13, dá para manter a saúde? Consumidores contam alternativas. Profissional mostra como se manter saudável

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(Foto: Reprodução/Pexels)

É um ciclo. Desde a safra que não deu certo, até a falta de chuvas, inflação, guerras e a economia em fase ruim, fazem o tomate da salada ficar mais caro. A maionese no domingo, então? Só quando tem visita e olhe lá, do jeito que está o preço do principal ingrediente, a batata. E pode ter certeza, os preços dos legumes e verduras estão nas alturas.

No Dia Mundial da Saúde nesta quinta (6), o que mais se enfatiza é a importância da qualidade de vida. No entanto, o aumento nos preços desses produtos no mercado dificulta as práticas saudáveis. E impõem desafios para o consumidor. Na saída do mercado, Jane da Cruz leva o carrinho com apenas o necessário.

A dona de casa mora com a filha e o marido. Para driblar os preços, ela conta que precisou fazer mudanças. “Fui trocando os produtos e as marcas, mas tem muita coisa que não dá. O preço está muito caro! Faço sabão de álcool, agora a gente come mais carne moída e as guloseimas também cortei”.

E assim, que muita gente está se ‘virando’ para manter a casa. Rosemari Zvierzicoski mora com mais três pessoas. Ela também teve que trocar o cardápio para manter a alimentação da família.

Cê olha, agora a gente vai controlando. Antes de entrar no mercado, você nem ia somando. Mas agora, tem que levar tudo na ponta da caneta. Não tem como ter alimentação saudável, olha o preço das verduras. Antes eu fazia frango e ovo, mas o ovo também subiu. Agora, faço frango de tudo quanto é jeito e carne de gado, só no fim de semana. Quando dá. Tudo substituído porque não tem condições. Mas tem que comer, né?

Dessa forma, os consumidores têm se adaptado ao momento. De acordo com o Núcleo de Estudos e Práticas Econômicas (Nepe) do Departamento de Ciências Econômicas da Unicentro, o grupo de hortifrúti apresentou uma pequena queda de -3,44% em comparação a fevereiro de 2021.

Mesmo assim os hortifrútis que fazem parte da cesta básica estão pesando mais no bolso do consumidor.  Por exemplo o tomate, subiu 19,87% e da banana 14,25%. O preço do tomate vem subindo a cada dia, chegando a R$ 12,95 quilo em alguns pontos de venda. Outros também estão assustadores, como é o caso da cenoura, chegando a R$ 12,99 quilo em Guarapuava.

Conforme a economista da Unicentro, Luci Nychai, o aumento do preço dos hortifrútis se deve a fatores climáticos. “Muita chuva ou seca, aumento dos custos dos insumos e redução da área plantada devido a esse aumento, acréscimo do custo do transporte devido ao aumento do preço dos combustíveis. No caso da cenoura, a maior oferta é oriunda do Rio Grande do Sul, onde produtores sofreram com climas extremos”.

SEMPRE EM ‘FORMA’

(Reprodução/Pexels)

Diante dessa realidade, a médica Cecília Vasconcelos, esclarece que uma dieta adequada para um adulto é mais simples do que se imagina. “Basta ter uma alimentação regular com proteínas e vitaminas, que inclua carnes magras, ovos, frutas, verduras e fibras. Um prato com alimentos coloridos ao dia já é suficiente para que não seja preciso suplementação em adultos saudáveis”.

Ela ressalta ainda que o consumo recomendado de frutas e hortaliças é de cinco porções por dia (400 gramas no total). Outra recomendação é moderar as frituras e comidas gordurosas, alimentos processados e industrializados, além de sempre beber muita água. Além disso, a alimentação também não é apenas o único fator que nos torna saudáveis. Outro vilão da saúde é o stress.

Entretanto, ter um bom sono, fazer exercícios físicos, ter gasto de energia durante o dia e fazer atividades com atenção e planejamento já permitem que você tenha uma melhor reação ao estresse. Contudo, se você sentir que as preocupações na mente estão te consumindo, é muito importante consultar um profissional da área da saúde mental. 

Já quanto aos exercícios físicos, muitos dizem não ter dinheiro para uma academia ou faltar tempo. Em contrapartida, a recomendação é que sejam feitos apenas 150 minutos por semana. Ou seja, 30 minutos em cinco dias ou cerca de 22 minutos em sete dias. Bem como, existem diversas alternativas, como sugere a profissional.

A pandemia nos trouxe várias formas de conseguir praticar exercícios físicos com o formato on-line e há muitos vídeos, como ginástica, dança ou qualquer outra forma de exercitar seu corpo, passar assistir e poder fazer em casa. Você ainda pode simplesmente colocar um tênis e caminhar pelas ruas, pela quadra, meia hora por dia já é o suficiente.

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Vallery Nascimento

Jornalista

Jornalista formada desde 2022 pelo Centro Universitário Internacional - Uninter. Além do amor pela comunicação, ela também é graduada em Letras com habilitação em inglês. Apresenta o Giro RSN de segunda a sexta, às 18h nas redes sociais do Portal RSN.

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