22/08/2023


Cotidiano Guarapuava

Diagnóstico tardio é um dos problemas de controle do câncer no Brasil

O Dia Mundial de Combate ao Câncer é neste domingo (4) e alerta para importância da prevenção e diagnóstico precoce

Dia Mundial de Combate ao Câncer é hoje (4) (Foto: Reprodução/São Cristovão)

A Oeganização Mundial da Saúde (OMS) escolheu o dia 4 de fevereiro como Dia Mundial de Combate ao Câncer. Então a Sociedade Brasileira de Oncologia Clínica (SBOC) aproveita a data para alertar sobre o diagnóstico precoce para o enfrentamento da doença. De acordo com o levantamento feito pela entidade, 31% dos mais de 760 oncologistas clínicos entrevistados para um censo consideram o diagnóstico tardio como um dos principais problemas para o controle do câncer no Brasil.

Entre os oncologistas, 19% apontam falhas no acesso e qualidade dos exames de detecção e controle do câncer. E apenas 5% se queixam da falta de campanhas ou programas eficientes de conscientização e prevenção, além da baixa adesão da população aos programas de prevenção e tratamento já existentes. O maior problema apontado pela pesquisa feita no ano passado foi a dificuldade de acesso aos novos tratamentos.

CÂNCER DE MAMA

Após Dia Mundial do Câncer, o dia 5 de fevereiro se tornou o Dia Mundial da Mamografia, sendo assim mais uma oportunidade para reforçar a necessidade da prevenção. O câncer de mama é o subtipo mais comum da doença entre as mulheres. O Instituto Nacional de Câncer (INCA) estima que o Brasil tenha cerca de 700 mil novos casos de câncer por ano entre 2023 e 2025.

O câncer é a segunda doença que mais mata no mudo, com cerca de 9,6 milhões de mortes anuais. Além dsso, o câncer de mama é o primeiro mais incidente, atingindo 10,5% da população, seguido do câncer de próstata, com 10,2%.

De acordo com a Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS), entre 30% e 50% dos cânceres podem ser evitados por meio da implementação de estratégias baseadas na prevenção. Por isso, as entidades médicas aproveitam essas datas para reforçar a importância da prevenção e do diagnóstico precoce.

EXAMES

Uma pesquisa encomendada por um laboratório farmacêutico revelou que a disseminação da prevenção ao câncer de mama ainda é baixa no Brasil. Conforme o estudo, apenas dois terços das 1.007 entrevistadas fazem o autoexame, exames clínicos e mamografias, quando estimuladas e orientadas pelos médicos. Os dados mostram que 64% das brasileiras acreditam que o câncer de mama se desenvolve exclusivamente de forma hereditária.

Os números também indicam que 42% das mulheres nunca fizeram a mamografia, porque algumas se consideram jovens demais e outras alegam falta de pedido médico. Participaram das entrevistadas mulheres entre 25 e 65 anos. A pesquisa apontou que sete em cada 10 mulheres consultaram ginecologistas no último ano, com variações notáveis entre as classes sociais. Entre as classes mais altas e com maior escolaridade a taxa é de 80, enquanto 2% das entrevistadas afirmam nunca terem consultado ginecologista.

Com relação ao exame de mamografia, 49% das mulheres afirmam que fazem regularmente. Pelo menos 60% são das classes A/B, enquanto 37% são das classes D/E. Duas em cada 10 mencionaram que o exame ocorreu porque o médico solicitou (20%), enquanto 16% afirmaram que o fizeram devido à sensação de um caroço ou nódulo.

A recomendação do Ministério da Saúde é que a mamografia de rastreamento, aquela que é feita quando não há sinais nem sintomas, seja feita em mulheres com idade entre 50 a 69 anos. O exame deve ser feito uma vez a cada dois anos, como forma de identificar o câncer antes do surgimento de sintomas.

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Vallery Nascimento

Jornalista

Jornalista formada desde 2022 pelo Centro Universitário Internacional - Uninter. Além do amor pela comunicação, ela também é graduada em Letras com habilitação em inglês. Apresenta o Giro RSN de segunda a sexta, às 18h nas redes sociais do Portal RSN.

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