22/08/2023
Geral

Dirceu sai da cadeia para primeiro dia de trabalho externo

O ex-ministro da Casa Civil José Dirceu, condenado no processo do mensalão do PT, deixou a cadeia na manhã desta quinta-feira  3) para primeiro dia de trabalho externo. Ele foi autorizado a trabalhar durante o regime semiaberto por decisão judicial.

  Dirceu deixou a cadeia por volta de 7h20, sem falar com a imprensa. Visivelmente mais magro e com uma pasta na mão, ele aguardou poucos segundos na calçada até a chegada do carro preto que o levou ao escritório. 

Ele vai atuar como auxiliar de biblioteca no escritório do advogado José Gerardo Grossi, que já foi ministro do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). A proposta de emprego prevê jornada de 8h às 18h e salário de R$ 2,1 mil.

Pelas regras do trabalho externo, o preso não pode dar entrevistas. Na hora do almoço, ele  pode se deslocar 100 metros do local de trabalho. Ao terminar o expediente, o preso tem duas horas para voltar para o centro de dentenção, mas não pode passar em nenhum outro local no caminho.

Dirceu chegou ao prédio em que vai trabalhar no Setor Bancário Sul por volta de 7h50. Ele parou o carro em frente à entrada principal do edifício, permanceu cerca de dois minutos dentro do carro, abriu a janela e disse a jornalistas e cinegrafistas: "Vou estacionar e vou descer".

O motorista parou o carro perto do prédio e depois de alguns minutos Dirceu, que estava acompanhado de um advogado, deixou o veículo e caminhou tranquilamente até o prédio, se identificou na portaria e entrou no elevador. Ele não quis responder a nenhuma pergunta sobre como está se sentindo em seu primeiro dia de trabalho.

O patrão de Dirceu disse que ele terá intervalo de uma hora para o almoço. A empresa fica na região central de Brasília, no Setor Bancário Sul.

O advogado ressaltou que já se informou sobre as regras do trabalho de Dirceu e que assinou compromisso com a Vara de Execuções Penais. "Entrevistar José Dirceu em hipótese alguma, nem sonhando. Mas a gente vai acompanhar e as coisas serão resolvidas com o juiz de execuções na medida em que forem acontecendo."

Cristina Esteche

Jornalista

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