22/08/2023


Geral

DNIT recupera estrada da Cachoeira usada como desvio nas obras da BR-373 em Candói

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Os 3,7 km de estrada rural, na comunidade da Cachoeira, interior de Candói, estão passando por melhorias. O trecho foi usado para desviar o tráfego durante as obras na BR-373, que ficou interditada por quase seis meses e recebeu investimentos de R$ 60 milhões. O próprio Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT) se responsabilizou por devolver a estrada em condições até melhores, como destacou o supervisor Hélio Gomes, de Pato Branco.

Em entrevista para a Assessoria de Comunicação da Prefeitura de Candói, Hélio destacou a grandeza e a agilidade das obras na BR. Ele disse também que o apoio do prefeito Gelson Costa foi fundamental durante todo o período de execução dos trabalhos. O supervisou reconheceu ainda que foi assumido um compromisso de recuperação da estrada e que está sendo cumprido para que o local seja devolvido “até em melhores condições do que estava”.

Confira abaixo alguns trechos da entrevista com o supervisor do DNIT de Pato Brando, Hélio Gomes.

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Como é que você avalia esses trabalhos que foram concluídos até mesmo antes do prazo previsto?

Tivemos um trabalho bastante intenso, onde teve que se utilizar muita tecnologia. Foi um trabalho de grande grau de dificuldade. Foram feitas algumas contenções para recuperação dos lugares onde tivemos os deslizamentos. Foram seis meses de trabalhos intensos e a gente conseguiu entregar essa obra com 11 dias de antecedência. Os serviços consistiram na execução de muros de contenção e de tirantes de aço. Esses tirantes são cordoalhas de aço que foram injetadas dentro da rocha.

Como é era essa estrutura?

Uma obra de grande porte. Tivemos, em alguns períodos, mais de 200 funcionários trabalhando com equipamentos especiais. Temos volumes de materiais muito grandes. Foram mais de 5 mil metros cúbicos de concreto. Isso equivale a mais de 500 caminhões de concreto. E várias e várias toneladas de aço. Fora o material que tivemos que remover, foram mais de 30 mil metros cúbicos de solo que tinha escorregado por cima da rodovia. Foi utilizada uma operação de guerra, num período curto. Lógico, tivemos desconforto nesses seis meses, mas hoje a gente pode entregar um local com conforto e segurança para o usuário.

A obra durou seis meses porque se tratava de uma emergência. Como é que se caracteriza esse processo?

Existem algumas características especiais para uma obra de emergência. Uma delas é quando não tem caminhos alternativos para o tráfego. Como ficaram interrompidas todas as rodovias laterais, tanto a saída por Laranjeiras do Sul, como a de Foz do Jordão, nó pudemos decretar emergência (nos dias das fortes chuvas de julho). Tivemos índices de mais de 500 milímetros de chuva. Considerando que em nosso estado temos 1.500 milímetros anuais, nós tivemos 500 milímetros em menos de um mês. Foi muito intenso, tivemos vários deslizamentos e então foi caracterizado uma emergência. O outro item necessário é que tivéssemos verba necessária para recuperação. Nosso superintendente esteve em Brasília com o ministro dos Transportes e conseguiu, de um dia para o outro, os recursos que ficaram num volume total de R$ 60 milhões. Ele conseguiu destinação deste recurso pra nossa região e pudemos dar início a esses serviços. São algumas características especiais para poder dar início às obras.

Demonstra eficiência do DNIT que, nesse caso, contou com o apoio da Prefeitura e do prefeito Gelson Costa.

A Prefeitura foi muito importante para nós porque ela nos repassou a possibilidade de fazermos um caminho alternativo para automóveis. Foi disponibilizada uma estrada rural, que seria o caminho da Cachoeira. Uma grande preocupação da comunidade da Cachoeira era como que ficaria a estrada até porque tinham sido feitos alguns investimentos há pouco tempo. Então nós nos comprometemos com a Prefeitura de fazer toda a recuperação e deixar até em melhores condições do que estava. Os serviços já iniciaram, em parceria com a Prefeitura, e nós estamos dando a nossa contrapartida que seria a melhoria dessa estrada, até porque passou muito tráfego, passou tráfego que seria até inadequado, que seria caminhões. Nós não tínhamos como conter, nós tentamos várias vezes, mas não conseguirmos conter. Incomodou bastante, mas como eu sempre realço, sempre temos transtornos no período de obras, mas agora só temos melhorias.

Os moradores da Cachoeira podem ficarem tranquilos, a estrada vai ser devolvida em quanto tempo?

Nós intensificamos os trabalhos e gostaríamos de entregar já em condições de melhores antes mesmo das festas de final de ano. Dependemos das condições climáticas, mas já iniciamos os trabalhos. Quem transitar nesses dias vai ver que os equipamentos estão trabalhando. A gente vai começar na parte do calçamento, fazer a recuperação onde teve alguns afundamentos, e melhorias como sinalização. Vamos manter aquelas sinalizações que foram usadas como desvio e a recuperação da cabeceira da ponte que já fizemos por duas vezes.

Cristina Esteche

Jornalista

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