Da Redação
Guarapuava- A maior riqueza que uma delimitação territorial pode abrigar é a cultura do seu povo. A gastronomia é um exemplo disso. Guarapuava, assim como muitos municípios do Paraná, teve entre seus colonizadores imigrantes europeus. Na terceira edição da Festa Mais Doce da Cidade, que começou neste sábado (04) e termina hoje (05), a culinária típica de alguns países da Europa foi lembrada. Doces portugueses, alemães e poloneses estão fazendo sucesso na terra do pinhão.
Em um dos estandes, Antônio Turek faz propaganda dos doces feitos pela esposa, Ana Turek. “Se experimentar uma vez, vai querer sempre”, conta orgulhoso. Recentemente, Ana decidiu aprimorar os dotes em um curso de culinária na Polônia. Seus quitutes feitos com papoula (uma fruta que ela importa da Europa) são os mais pedidos. “Outro que faz muito sucesso é o Kremówka Papieska, uma massa recheada com creme de baunilha, popularmente conhecido como ‘bolo do Papa’, pois era o doce preferido do falecido Papa João Paulo II”, conta Ana.
Logo ao lado, a culinária alemã enche os olhos de quem passa. Dona Clotilde e os filhos vendem os doces preparados em casa. Clotilde Moser aprendeu a cozinhar com a mãe, que veio da Áustria. Ela conta que o doce mais pedido é o Dobosh, uma passa de pão de ló intercalada com creme de chocolate.
Não importa se você pisou ou não na terra de Camões, mas basta falar em Portugal para lembrar do famoso Pastel de Belém. Pois bem, se viajar está fora de cogitação, uma boa oportunidade é provar os doces feitos pela doceira Cláudia Gomes, que aprendeu a receita direto na fonte. “Nasci e cresci em Portugal, lá eu já trabalhava com confeitaria, mas por causa da crise eu e meu marido decidimos vir para o Brasil. Atualmente moramos em Maringá e essa é a segunda vez que venho para Guarapuava para vender meus produtos na Festa Mais Doce da Cidade”, explica ela.