A informação do Tribunal de Contas sobre irregularidades de ex-prefeitos de Palmital trouxe à tona possível crime cometido dentro da Prefeitura em 2013. Em defesa do pai, Darci Zolandek, o advogado Paulo Zolandek, disse que a prestação de contas sobre verba repassada em 2008 sumiu da Prefeitura. Conforme o Tribunal, houve repasse de recursos para a Associação de Proteção à Maternidade e à Infância (APMI), o qual não houve a prestação de contas. Por conta disso, instaurou-se a Tomada de Contas Extraordinárias.
Pela devolução desse montante há responsabilidade solidária do então prefeito Darci José Zolandek (gestão 2005-2008). Essa responsabilidade é extensiva à ex-presidente da APMI, Nilva Aparecida Demate Zolandek. Conforme o Tribunal de Contas do Paraná, esses recursos utilizados de forma ilegal na terceirização de mão de obra entre os anos de 2008 e 2012.
Entretanto, segundo o advogado, o então prefeito e Nilva cumpriram as exigências do TC. Todavia, os documentos sumiram da Prefeitura. “São 10 caixas de documentação que comprovam a aplicação correta dos recursos”. Porém, o que chama a atenção é que, segundo Paulo Zolandek, em 2013, o ex-procurador à época, hoje falecido, o chamou e entregou a documentação.
“Eu arrumei um emprego em Curitiba para o filho dele. E acho que como reconhecimento ele [ex-procurador] me chamou e devolveu 10 caixas de documentos. Essa documentação deveria ter sido enviada ao Tribunal de Contas. Não entregaram e ainda ele [ex-procurador] furtou os documentos da Prefeitura”.
De acordo com Paulo Zolandek, esses documentos constarão no recurso que está fazendo impetrado.
Tratam-se de recursos devidamente aplicados no objeto do convênio. Assim como na prestação de serviços à comunidade, como durante muitos anos ocorreu, e cujos documentos acabaram sendo furtados de dentro da prefeitura em 2009.
Conforme o advogado, tais informações serão objeto de recurso junto ao TCE e conduzirão à aprovação das contas. “Esse requerimento fiz em 2012, exatamente quando o TCE certificou que não havia a prestação de contas. Mas no ano seguinte recebi a documentação que havia ficado ‘guardada’ por cinco ou seis anos”.
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