22/08/2023


Brasil Economia

Dólar dispara 2% e fecha em R$ 4,99, maior valor desde 21 de março

Conforme o Banco Central (BC), nesta sessão, a moeda brasileira liderou com folga as perdas entre as principais divisas globais

dolar

O dólar fechou com o maior valor desde 21 de março deste ano (Foto: Reprodução/Pixabay)

O dólar disparou 2% nesta terça (26) e fechou a R$ 4,99, sendo o maior valor desde 21 de março deste ano. Conforme o Banco Central (BC), nesta sessão, a moeda brasileira liderou com folga as perdas entre as principais divisas globais. Desse modo, com o resultado de hoje, a moeda norte-americana passou a acumular alta de 4,85% no mês e queda de 10,49% no ano.

Além disso, foram vendidos na operação todos os US$ 500 milhões ofertados na forma de contratos de swap cambial tradicional. O movimento nos mercados têm sido guiados nos últimos dias pelas preocupações com os impactos das restrições de combate ao coronavírus na China. Além das apostas de uma alta maior dos juros nos EUA em razão da disparada da inflação em todo o mundo.

Juros mais altos nos EUA elevam a atratividade de se investir na extremamente segura renda fixa norte-americana. Sendo assim, isso tende a aumentar o ingresso de recursos na maior economia do mundo e, consequentemente, valorizar o dólar frente a outras moedas.

RISCOS ‘ESTAGFLACIONÁRIOS’

Nesta terça (26) o Fundo Monetário Internacional (FMI) também alertou riscos ‘estagflacionários’ na Ásia. De acordo com o FMI, as incertezas são devido a guerra na Ucrânia, o aumento nos custos das commodities e uma desaceleração na China.

Ao longo da semana, além da covid-19 na China, o mercado vai ficar ficar de olho nos dados do Produto Interno Bruto (PIB) dos Estados Unidos, na quinta (28) e da zona do euro, na sexta (29).

Por aqui, segue também como fator de preocupação a crise entre o governo e o Judiciário, após o perdão concedido pelo presidente Jair Bolsonaro ao aliado Daniel Silveira (PTB-RJ). Ele havia sido condenado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) a oito anos e nove meses de prisão por estímulo a atos antidemocráticos e ataques a ministros do tribunal.

PROJEÇÕES PARA INFLAÇÃO, SELIC E PIB

O Banco Central voltou a divulgar nesta semana, após cerca de um mês, as estimativas do mercado financeiro para os indicadores da economia. Desse modo, o BC informou que a projeção dos economistas dos bancos para a inflação neste ano passou de 6,86%, no fim de março, para 7,65%.

Para a taxa básica de juros da economia, o mercado financeiro elevou a estimativa de 13% ao ano. Já no fim de março, para 13,25% ao ano no final de 2022. A previsão de crescimento do PIB deste ano passou de 0,50%, no fim de março, para 0,65%. Por fim, a projeção para a taxa de câmbio no fim de 2022 recuou de R$ 5,25 para R$ 5.

(*Com informações do Portal G1)

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Antunes

Jornalista

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