22/08/2023
Segurança

Duas aspirantes compõem a equipe do Bombeiro em Guarapuava

imagem-23153

Duas aspirantes estão compondo o efetivo do Corpo de Bombeiros em Guarapuava. Mariana Lorenzi e Karen Pedroso assumiram seus postos em condição de igualdade com os demais bombeiros.
Formadas na Academia do Guatupê em Curitiba em 2010 e já com experiência no trabalho rotineiro da Corporação as aspirantes estão na coordenação de setores e cumprem a escala de atividades normais da profissão. Mariana é a nova Relações Públicas, vai reativar o Bombeiro Mirim e Karen assumiu a Defesa Civil do 5° SubGrupamento de Bombeiros Independentes (SGBI). Elas, entretanto, participam de combate a incêndios, buscas e salvamentos, entre outras atividades próprias da profissão.
A escolha das duas jovens pela profissão tem motivos diferentes. Mariana estudou no Colégio Militar em Curitiba e recebeu a influência de uma tia e de um tio, ambos policiais militares. O contato com o Corpo de Bombeiros aconteceu na escola em cursos de treinamento.
“Em 2005 quando abriu vagas para mulheres na Corporação eu foquei o meu futuro nessa profissão. A parte operacional que aprendi na escola me chamou a atenção”, disse. Além do cargo de RP, Mariana vai dedicar o seu tempo na implantação do Bombeiro Miriam em Guarapuava.
Já, a entrada de Karen no Corpo de Bombeiro provocou uma guinada na sua trajetória profissional.
“Eu fazia o curso superior de química ambiental na Universidade do Rio de Janeiro e sempre estive envolvida com questões sociais, com trabalho em favelas. Durante esse tempo conheci o Tenente Guilherme, hoje meu esposo, que fazia o mesmo curso. Como ele já era bombeiro, começou a falar sobre o trabalho e disse que a profissão tinha tudo a ver comigo”, conta. Mesmo faltando apenas cinco matérias para que Karen concluísse o curso superior ela não pensou duas vezes. Abandonou a universidade e entrou para o Corpo de Bombeiro. Em Guarapuava Karen vai coordenar a Defesa Civil, trabalho que envolve 21 municípios da região.
“A estrutura da Defesa Civil está precária. Vamos promover cursos, treinamentos, mapear os riscos. Estou cheia de expectativas e com muita vontade de trabalhar”, afirma.
Para o comandante do SGBI, capitão Arlisson Sanches, a inclusão das duas aspirantes está sendo vista com otimismo.
“Temos 67 soldados, dos quais, agora, duas são mulheres. É uma situação nova, porém, muito bem aceita. O trabalho ganha com a presença e com a participação delas porque vão poder aplicar a sensibilidade que nós, homens, muitas vezes não temos”, afirmou.

Cristina Esteche

Jornalista

Relacionadas

A missão da RSN é produzir informações e análises jornalísticas com credibilidade, transparência, qualidade e rapidez, seguindo princípios editoriais de independência, senso crítico, pluralismo e apartidarismo. Além disso, busca contribuir para fortalecer a democracia e conscientizar a cidadania.