22/08/2023
Educação

Duas turmas do EJA se formam em Guarapuava

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Da Redação, com assessoria

A modalidade de Educação de Jovens e Adultos (EJA) é ofertada há 14 anos pela Secretaria de Educação e o Sesc de Guarapuava. Na noite da última quarta feira (1) 22 pessoas receberam o diploma de conclusão do 5º ano. O operador ecológico, Ivan Ferreira do Nascimento, 49 anos, foi um dos alunos formados. Ele luta para que os seus cinco filhos tenham a oportunidade de estudar, coisa que em sua infância, Ivan não teve. "Eu quero fazer o ensino médio e depois o curso de Engenharia Elétrica", afirma com pensamento promissor.

A entrega dos diplomatas ocorreu na noite de ontem (1) e contou com a presença de professores, familiares dos formandos, autoridades, comunidade e também do Prefeito Cesar Silvetri Filho. “Todo individuo é capaz de buscar e conquistar o sucesso que deseja. O maior patrimônio que vocês poderiam ter conseguido é o conhecimento. É ele a chave da realização dos sonhos”, afirmou o prefeito na ocasião.

Esse sentimento de satisfação que tomou conta da formanda Isolde da Silva Essni, 56 anos, e mãe de três filhos. Depois de 46 anos, ela voltou a estudar. Queria aprender a ler, a contar histórias para suas duas netas e ajudá-las com as atividades da escola. Agora isso é possível. “Eu já tinha feito até a 4ª série, mas no interior e há muito tempo. Aproveitei a oportunidade para aprender mais", comenta.

“Temos a oportunidade de escrever a mais bela história e, ao final dessa etapa, podemos dizer que esta missão foi cumprida”, declarou a secretaria de Educação, Doraci Senger Luy, ao lembrar também do empenho de toda a equipe pedagógica que contribuiu para a formatura. O incentivo dos professores é fundamental ao longo de todo o processo, principalmente no sentido de evitar as desistências. "O trabalho desenvolvido pelos docentes exige um olhar diferenciado, pois este público exige atenção especial", destaca Doraci, citando o exemplo do aposentado Agostinho Carraro, 77 anos, viúvo, pai de sete filhos. “Faço de tudo para ter uma vida melhor, não quero parar. Eu danço, participo do grupo da Terceira Idade. Agora posso ler ainda mais, interagir melhor e evitar doenças, como aquelas que fazem a gente esquecer as coisas. Sei que tudo depende de nós, de acreditar e eu acreditei”, finaliza o morador do bairro Boqueirão.

Cristina Esteche

Jornalista

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