22/08/2023
Política

Durante a diplomação, juíza lamenta falsificação de documento em Foz do Jordão

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A juíza da 44ª. Zona Eleitoral de Guarapuava, Carmem Mondin abriu um parêntese em seu pronunciamento durante a solenidade de diplomação dos eleitos em Foz do Jordão, para lamentar a condução do processo eleitoral no município.
“Lamento profundamente a divulgação de nota falsa a mim atribuída, fato que está sendo investigado pela Polícia Federal. Essa atitude, demonstra o ao meu ver, a falta de seriedade em busca de votos e que infelizmente repercutiu de forma negativa no processo democrático. Fatos como esse estão sendo investigados e serão severamente punidos na forma da legislação vigente”, alertou.

A juíza foi vítima, durante a campanha eleitoral, da falsificação da sua assinatura, em sentença, que também não é verdadeira. O material foi distribuído no dia 6 de outubro, véspera das eleições municipais. A falsificação é grosseira e há erro no próprio nome da juíza que é tratada como “Carmen Silvia Molina”, mas segundo a juíza, há semelhança com a sua assinatura.
O material com a informação e assinatura falsas atribuídas à juíza depôs contra o então candidato a prefeito no município, Ivan Pinheiro (coligação Cidade e Campo Unidos).
O teor do falso documento sentenciava Ivan Pinheiro (PP) e seu candidato a vice Valdir Rozanski (PDT) à cassação das respectivas candidaturas e ao pagamento de multas no valor de R$ 50 mil. A condenação seria resultado de uma ação de investigação ajuizada pela coligação Foz do Jordão em Tempo de Renovação, que teve como candidato o prefeito eleito Neri Quatrin. Existe uma ação tramitando na Justiça Eleitoral, mas não há nenhuma sentença como impõe o material mentiroso.
“Me sinto decepcionada com esse tipo de atitude. É muito desonesto e de todas as ações que já tive contato na Justiça Eleitoral essa é a pior de todas. Usar a Justiça Eleitoral para noticiar um fato mentiroso é muito grave”, disse a juíza à REDE SUL DE NOTÍCIAS à época. “Eu quero muito que os autores sejam identificados. Isso é falsidade ideológica”, diz a juíza. 

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Cristina Esteche

Jornalista

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