Elcio Melhem diz que declarações de Strechar “não têm fundamento”

Guarapuava – O vereador Elcio Melhem (PP-foto), que até do dia 31 de dezembro de 2008, era o líder do prefeito na Câmara, contestou na tarde deste sábado (3) as declarações do presidente reeleito Admir Strechar (PMDB). Strechar venceu por 8 votos contra 4 a candidata situacionista Maria José Mandu Ribas (PSDB).
Strechar, tão logo acabou a eleição, disse à imprensa que Melhem fez campanha junto a vereadores pedindo voos para Strechar. “Ele (Melhem) chegou a ligar para todos os vereadores da base do prefeito e nós ficamos satisfeitos com isso. Inclusive os vereadores me perguntavam, o que estava acontecendo, pois eu deixava o celular no viva-voz. Ele realmente fez campanha para mim. Tenho de agradecer a ele, publicamente, e aos vereadores que escutaram o líder do prefeito que pediu voto para mim”, ratificou. Strechar também contou isso ao assessor do prefeito, Cosme Stimmer.
“Ele (Strechar) é louco. Isso não tem nenhum fundamento. O que ele quer é se vingar de mim porque não aceitei as propostas indecorosas que me foram feitas. Eu não sou homem de me vender”, rebate Melhem. A resposta oficial, segundo Melhem, será dada tão logo o seu programa “A hora do mango” volte ao ar pela Rádio Cacique AM.
Melhem disse que os 7 vereadores que forame eleitos pela coligação de Carli – Melhem, Maria José Mandu Ribas, Nelio Gomes da Costa, João Napoleão, Sadi Federli, Lizandro Martins (Magrão) e Fernando Alberto dos Santos (Fernando da Maçã) “fecharam” com o prefeito em torno de Maria José. “Estava tudo certo, mas o Fernando (Carli) foi traído”, acusa.
Melhem disse que poucos dias antes da eleição jantou com Nelio, João Napoleão e Sadi num pizzaria da cidade. “Estávamos todos de comum acordo e o João Napoleão e o Sadi disseram que não queriam nenhum cargo na Mesa Executiva”. Sadi também teria conversado com o prefeito poucos dias antes e ratificado o seu voto em Maria José.
Outra atitude que surpreendeu o vereador pepista foi o fato de Lizandro Martins (PSB) ter votado secretamente obedecendo o que exige o Regimento Interno da Câmara. “Não importa, diz referindo-se à exigência legal). Nós combinamos que a nossa bancada votaria abertamento, com voto declarado”, cobra.Somente Melhem e Fernando da Maçã cumpriram esse acordo.
Para Melhem, o que importa saber não é o autor do quarto voto para Maria José, a o oitavo voto de Strechar. “Havia um acordo entre Strechar, Glson Amaral e João Napoleão de quem aquele que conquistasse o oitavo voto seria o presidente, caso contrário, o nome seria escolhido por meio de sorteio. Então,o Strechar ganhou”, observa.
Nelio, Sadi, Magrão e João Napoleão foram procurados para comentar o tema, mas não foram encontrados.