A força da epidemia da covid-19 em 2021 é tamanha que, em 22% dos municípios do Brasil, o número de mortos registrados pela doença já é igual ou maior que o total de 2020, ano em que a epidemia transcorreu por quatro vezes mais tempo. O Jornal O Globo postou a informação na manhã desta sexta (12). Conforme as informações, em oito das 27 unidades da Federação, o número absoluto de mortes neste ano já ultrapassou a metade do ano passado.
Segundo os dados, o Amazonas, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Paraná, Rio Grande do Sul, Roraima, Rondônia e Santa Catarina já registraram este ano pelo menos 50% do total das mortes contabilizadas em todo 2020. Além disso, o agravamento da epidemia entre um ano e outro se reflete principalmente nas Regiões Sul e Norte. No entanto, por todo o país, há cidades que pouco sofreram, mas que, agora, lutam contra um inimigo muito maior. O Paraná é o estado brasileiro com a maior fila de espera por leitos de UTI.
MORTES
Além disso, a covid-19 causou mortes em locais poupados no ano passado. Um total de 276 municípios (5%) que não tiveram nenhuma morte por covid-19 em 2020 passaram a registrar mortes em 2021 (todos pequenos). E ainda, restam 268 cidades (5%) que ainda não têm mortes de covid-19 registradas.
Ainda conforme O Globo, a disparidade de força da epidemia em 2021 em relação a 2020 não é exclusividade de vilarejos. Em pelo menos 16 cidades com mais de 100 mil habitantes, a epidemia de covid-19 no ano de 2021 já é mais mortal que em 2020. Estão na lista Santa Cruz do Sul (RS), Chapecó (SC), Santarém (PA). E ainda Ji-Paraná (RO), Catalão (GO) e Passos (MG). Quatro cidades paulistas entraram para este ranking: Jaú, Araraquara, Marília e Pindamonhangaba.
Dessa maneira, Manaus é, por enquanto, a única capital e cidade com mais de um milhão de habitantes nessa condição. A observação da mortalidade por município tem limitações no Brasil. Porque muitas cidades com menos de 10 mil habitantes apresentam dados sujeitos a ruído.
EXCEÇÃO
Por fim, há vários, por exemplo, em que só foi registrada uma morte em um ano ou no outro. Mesmo assim o número assusta, dado que a comparação é feita entre um período de pouco mais de dois meses em 2021 com outro com o quádruplo da duração (nove meses no ano passado).