Em avaliação psiquiátrica e psicológica, o professor universitário Luís Felipe Manvailer, réu pela morte da advogada Tatiane Spitzner, disse não se lembrar do que aconteceu no dia em que a guarapuavana morreu. A declaração foi dada a um médico, que consultou Manvailer a pedido do Ministério Público do Paraná, na última quarta feira (8). A avaliação veio à tona apenas neste final de semana.
A avaliação solicitada pelo MP-PR foi feita frente a uma informação divulgada pela defesa de Luís Felipe, que pediu a transferência do professor para o Complexo Médico Penal (CMP) de Pinhais após uma suposta tentativa de suicídio do guarapuavano dentro da Penitenciária Industrial de Guarapuava (PIG).
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De acordo com o laudo psicológico de Luís Felipe, que foi anexado no processo de execução penal, o professor universitário disse “achar” que Tatiane pulou da sacada. Ele não explicou porque ele decidiu fugir para o Paraguai, mas alegou ter esperança em recomeçar a vida em outro país.
Na avaliação, o médico identificou uma pequena marca no pescoço de Luís Felipe, feita com uma lâmina de barbear. Esta marca foi um dos motivos que a defesa usou no pedido de transferência de Luís Felipe. Para o médico, no entanto, o ferimento não representa risco, principalmente “para alguém formado em biologia e que deve saber como se lesionar de forma fatal”.
A juíza da 2ª Vara Criminal, Paola Mancini, responsável pelo caso, ainda não se manifestou se aceitará ou não o pedido de transferência de Luís Felipe, porém, o laudo médico desta semana deve ser crucial para esta decisão.