22/08/2023


Educação Região

Em Bituruna crianças são guardiãs de pés de araucária

Participantes foram selecionados em concurso

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Estudantes conhecem propriedade produtora de pinhão (Foto: Divulgação)

Um projeto desenvolvido no município de Bituruna incentiva estudantes a preservar a araucária,árvores símbolo do Paraná. Uma das atividades foi o Concurso Cultural de Desenhos, cujos vencedores foram escolhidos para serem os “Pequenos Guardiões da Araucária”.

Os 24 selecionados conheceram uma propriedade produtora de pinhão na comunidade de Agudo, interior do município, onde conheceram um pouco mais sobre a produção incentivada pelo projeto Mais Pinhão, desenvolvido pela Secretaria de Agricultura. A atividades faz parte das ações do Mês do Meio Ambiente e os vencedores ainda vão participar ao longo de junho da Parada Ambiental, acompanhar o plantio de árvores e outras atividades em prol da preservação da Araucária.

Acompanharam a visita o professor responsável pelo concurso cultural, Jeferson Camargo dos Santos, o diretor de Meio Ambiente, Fábio Cró, e o vereador Mário Zampieron.

Durante a visita, os estudantes foram recebidos pelo produtor Ernesto Zemburski, que trocou a produção de mandioca e criação de gado em sua propriedade pelo plantio da Araucária, para investir na produção de pinhão. “Aqui houve muita extração de madeira para fazer lavoura e agora estamos ajudando a recuperar a área. Eu me vejo no futuro um grande produtor de pinhão e ajudando a preservar o meio ambiente”, explica aos visitantes o agricultor que mora no local há 23 anos.

Os Pequenos Guardiões da Araucária conheceram a flor da Araucária, como é feito o processo de enxertia e também pés que foram plantados pelo pássaro Gralha Azul.

Estudantes selecionados para serem os guardiões da araucária (Foto: Ascom)

O PROJETO

O projeto Mais Pinhão surgiu em Bituruna para ampliar a capacidade produtiva das propriedades rurais e combater o desmatamento. Há cerca de três anos o produtor Ernesto iniciou seus pomares e espera colher os primeiros pinhões no ano que vem. “Resolvi mudar porque o manuseio é menor, não preciso de agrotóxico e a natureza me ajuda. A prefeitura nos incentivou a fazer enxertia com nosso próprio pinhão e hoje já estou com 120 árvores enxertadas”. O processo de enxertia consiste em retirar a casca do topo de um pinheiro adulto e enxertar num dinheiro jovem, diminuindo o tempo de espera para a produção de pinhão, que chega a 12 anos.

 

Cristina Esteche

Jornalista

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