22/08/2023
Cotidiano

Em Curitiba funcionários da limpeza pública rejeitam proposta e começam greve

Os trabalhadores da limpeza pública de Curitiba começaram uma greve por tempo indeterminado na manhã desta terça feira (18). Eles rejeitaram uma proposta de aumento de 10% nos salários e de 15% no vale-alimentação feita pela empresa Cavo e não saíram para fazer seu trabalho nesta manhã. Entre as atividades que ficam prejudicadas durante o movimento estão a coleta de lixo, varrição de rua e roçadas.

A decisão foi tomada em assembleia, na sede da empresa, no bairro Rebouças. Desde às 8 horas, a Avenida Getúlio Vargas está totalmente bloqueada entre a Rua João Negrão e a Rua Conselheiro Laurindo. O bloqueio total começou desde o início da manhã, com a aglomeração de manifestantes e já deixou o fluxo lento na região nas primeiras horas do dia. As informações são da Secretaria Municipal de Trânsito (Setran).

O Sindicato dos Empregados em Empresas de Asseio e Conservação de Curitiba (Siemaco) havia aprovado o indicativo de greve na semana passada. A entidade diz que o pedido dos trabalhadores é de reajuste de 20% nos salários e de 30% no vale-refeição. A Cavo tinha oferecido, na sexta, 8,5% para a folha de pagamento e 9,5% para o auxílio. Nesta segunda feira (17), a Cavo fez a nova proposta, de aumento de 10% nos salários e 15% no vale-alimentação, que foi rejeitado pela categoria.

Aproximadamente 2,5 mil funcionários atuam na limpeza de ruas, avenidas, praças e outros espaços públicos. O Siemaco diz que apenas a coleta do lixo hospitalar deve ser mantida enquanto durar a greve. Os trabalhadores devem deixar de capinar, varrer as ruas, roçar passeios e calçadas e também não coletam o lixo residencial orgânico e nem o reciclável. Os motoristas dos caminhões também pararam, já que não teriam quem levar para prestar os serviços, segundo o sindicato.

A Cavo, via assessoria de imprensa, comentou que recebeu com surpresa a decisão dos trabalhadores, já que os dirigentes da companhia e do sindicato ficaram até as 23 horas em uma reunião nesta segunda feira (17), na qual teriam chegado a um acordo. A empresa diz que vai emitir uma nota oficial sobre o assunto ainda nesta terça (18).

A prefeitura, em nota, informou que "equipes próprias da Secretaria Municipal do Meio Ambiente farão a coleta de lixo domiciliar, em caráter emergencial, a partir desta terça (18). A decisão foi tomada a partir do anúncio de que mais de 2,5 mil funcionários da Cavo, que atuam na limpeza pública da capital, entraram em greve."

O documento solicita que as pessoas segurem ao máximo o lixo em casa. "O lixo reciclável, como papel, plástico e metal, deve ser mantido em casa neste momento, pois a coleta seletiva está temporariamente suspensa."

O órgão não informou detalhes de como isso será feito, que tipo de veículos serão usados para transportar o lixo, se próprios ou se pegarão caminhões emprestados da Cavo. A reportagem tentou contato com a assessoria às 10h e até esse horário não foi possível obter as informações segundo o G1.

 

 

Cristina Esteche

Jornalista

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