Da Redação
Guarapuava – A área de cinco alqueires e meio na localidade de Guabiroba, em Guarapuava, dá a moradia e o sustento para a família do agricultor Roberto Pereira Mendes. Ele é um dos 100 produtores incluídos no projeto de Horticultura, ofertado pela Secretaria Municipal de Agricultura.
Em três alqueires, o seu Roberto produz 1.500 cabeças de brócolis, 1.500 de repolho, além de cenoura, alface, cheiro verde, e outros. “Ao todo, nós temos umas 18 variedades. O que mais a gente planta é repolho e brócolis, que têm maior procura”, comenta o produtor.
Ele, a mulher, o filho e mais uma funcionária trabalham na horta há quatro anos. “Nós mexíamos com gado leiteiro e eu trabalhava como peão. Mas com o tempo eu desanimei e decidi trabalhar com a horta”. Segundo o produtor, os alimentos são colhidos, lavados e mandados para os mercados e para a merenda escolar. “Alguns dias é bem puxado, o preço varia de acordo com o mercado, mas sempre tem um espaço pra gente na merenda. Agora nós estamos colhendo batata salsa, que tá tendo um preço bem bom no mercado”.
Na manutenção, o seu Roberto recebe apoio da Secretaria de Agricultura e Turismo. “A assistência vem sempre que precisamos ou temos alguma dúvida ou problema com a plantação”.
Um diferencial na produção do seu Roberto, é que tudo é feito na propriedade, inclusive as mudas. “Dessa forma eles têm certeza do que estão plantando, porque participam de todo o processo, além de economizar dinheiro com a compra”, comenta o técnico da Secretaria de Agricultura e Turismo, José Aurizonas Rocha.
A implantação de hortas faz parte do Programa Vida Rural, elaborado pela Prefeitura de Guarapuava em 2013, com a intenção de diversificar a propriedade rural e manter o agricultor no campo, como enfatiza o secretário de Agricultura e vice prefeito, Itacir Vezzaro. “O nosso objetivo é manter o pequeno produtor no campo com boas condições financeiras, por isso investimos nos planejamentos e na assistência técnica”.
De acordo com Itacir, os pequenos agricultores têm um papel fundamental na mesa de quem vive na cidade. Enquanto os grandes produtores focam em produzir alimentos como arroz e soja em larga escala, os pequenos produtores produzem o diferente, somando 85% do que nós consumimos”.