Cotidiano Guarapuava

Em Guarapuava, coletivo de dança quer levar arte a quem não tem

O coletivo 'Movement' é composto por bailarinos de diversas modalidades de dança que buscam entender o corpo como instrumento de arte e conexão

Por Cristina Esteche
13/10/2019

Coletivo Movement (Foto: Divulgação)

Um coletivo de dança independente que acredita no poder que a arte tem de mover e transformar. Assim é o ‘Movement’, um coletivo independente, sem fins lucrativos, que nasceu em Guarapuava. O propósito é compartilhar a dança levando-a a espaços onde a cultura é escassa.

Dando oportunidade a quem não tem acesso à dança com qualidade. Embora não tenha ligação com academias de dança, o coletivo acolhe bailarinos e artistas que já fazem aulas em nesses espaços.

Bailarinos do Movement (Foto: Divulgação)

De acordo com a coordenadora do projeto, Gabriela de Oliveira o coletivo é composto por 27 bailarinos e professores de diversas modalidades de dança que buscam entender o corpo como instrumento de arte e conexão. Além disso, apoiam o crescimento no viés artístico no aprendizado compartilhado.

O projeto visa unir pessoas que compartilham do amor pela arte para contribuir com o crescimento técnico, pessoal, profissional e emocional dentro do coletivo.

De acordo com Gabriela, o coletivo dá voz à arte com debates e rodas de conversas sobre questões pessoais e sociais de cada membro. Assim, dentro de um espaço de aceitação e empatia, o projeto busca apoiar psicologicamente seus bailarinos. “Todos os tópicos discutidos são usados como inspiração para as montagens coreográficas, transformando os medos, sonhos, inseguranças e conflitos em livre expressão de arte”.

LEVAR A DANÇA A QUEM NÃO TEM

Dessa forma, com a intenção de difundir da arte, o coletivo tem em sua essência a ideia de levar a dança locais de pouco fomento cultural. Dessa forma, o desejo é poder possibilitar o acesso à dança com qualidade para pessoas que não tiveram essa oportunidade.

Entretanto, para que isso aconteça o coletivo corre atrás de recursos. Assim, o custeio de viagens para competições e outras despesas, a alternativa são as promoções. “Fizemos promoção de pizzas. Agora estamos cobrando as audições. Tudo que entra de dinheiro é investido no próprio grupo”.

De acordo com Gabriela, o mais importante é que as pessoas que se inscrevem para as audições entendam o que é o projeto. “Entrar, não que dizer entrar num grupo de dança, mas mergulhar no projeto”.

Confira o vídeo com uma das performances do coletivo.