Às vésperas do dia que celebra os pais, números revelados por uma pesquisa chamam a atenção. Se entre 2016 e 2023 o número de nascimentos em Guarapuava teve um aumento de 13,4%, o percentual de crianças sem o nome do pai no registro soma 1.015,5%. De acordo com a Central de Informações do Registro Civil (CRC), base de dados administrada pela Associação Nacional dos Registradores de Pessoas Naturais (Arpen-Brasil), a pesquisa reúne os sete cartórios de registro civil de Guarapuava. E mesmo num cenário dos reconhecimentos de parternidade a diferença também é grande. Em 2022, 11 crianças ganharam o nome do pai, enquanto em 2023, nenhuma.
Conforme a CRC, ter o nome do pai na certidão de nascimento é a garantia de uma série de direitos para as crianças brasileiras. Além do benefício afetivo que a paternidade possibilita, ela permite o acesso a uma série de prerrogativas. Como a pensão alimentícia, herança, inclusão em planos de saúde e de previdência, entre outros. Uma realidade que tem sido negada para um número cada vez maior de guarapuavanos. Somente em 2023, totalizou mais de 145 recém-nascidos sem a paternidade registrada. Isso equivale a um aumento de 27,2% em relação a 2022, quando foram 114 os registros sem o nome do pai.
Apesar dos esforços de diferentes entes públicos e privados e mudanças na legislação, o número de crianças sem o nome do pai no registro de nascimento tem crescido ano após ano. Mesmo num cenário de diminuição constante do número de nascimentos. Para reduzir esse índice de rejeição há possibilidade do reconhecimento de paternidade direto em Cartório. Ou seja, sem a necessidade de procedimento judicial. Mutirões envolvendo o Judiciário, Defensoria Pública, cartórios, entre outros também surgem como ferramentas para reduzir esses números.
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