Num momento em que o Brasil registra uma explosão de casos de covid-19, o presidente Jair Bolsonaro usou uma ‘live’ nessa quinta (25) para mais uma vez desestimular o uso de máscaras contra a covid-19 e criticar o isolamento social. Ontem (25), o Brasil registrou recorde de mortes, quando houve a confirmação de que 1.582 brasileiros perderam a vida para a infecção em 24h. Mais de 250 mil pessoas no país já morreram.
Assim sendo, Bolsonaro mencionou uma “universidade alemã” que teria apontado num “estudo” que máscaras são ‘prejudiciais a crianças’. “Começam a aparecer aqui os efeitos colaterais das máscaras. Uma universidade alemã fala que elas são prejudiciais a crianças. Leva em conta diversos itens: irritabilidade, dores de cabeça, dificuldade de concentração, diminuição da percepção de felicidade, recusa em ir para a escola ou creche, desânimo, comprometimento da capacidade de aprendizado, vertigem e fadiga”.
Porém, de acordo com informações, ao contrário do que disse o presidente, nenhuma universidade alemã elaborou estudo que chegou a essa conclusão. Desse modo, Bolsonaro citou os resultados de uma enquete on-line feita por pesquisadores da Universidade de Witten/Herdecke. Por fim, o objetivo dos pesquisadores era formar apenas um banco de dados para coletar relatos sobre o uso de máscaras em crianças.
ISOLAMENTO SOCIAL
Durante a ‘live’, Bolsonaro também citou o isolamento social. Ele defendeu que a população ‘quer voltar a trabalhar’, e culpou governadores e prefeitos por “obrigar” as pessoas a ficarem em casa. Além disso, o presidente mandou cobrar das administrações locais que adotaram medidas de isolamento
social, a renovação do auxílio emergencial, que ajudou milhões de pessoas na pandemia.
Quem quer auxílio emergencial e a cidade está fechada… Vão cobrar do prefeito, vão cobrar do governador, já que ele quer que você fique em casa eternamente e quer mandar a conta para nós [governo federal] pagarmos. Eu teria o maior prazer de pagar eternamente um salário para todo mundo viver numa boa, sem trabalhar, mas isso não existe.
Conforme recomendação da Organização Mundial da Saúde (OMS), o uso de máscara e o distanciamento social são ferramentas eficazes contra a disseminação da doença.
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