O presidente Jair Bolsonaro falou, durante live semanal no Facebook, que pretende extinguir a Agência Nacional do Cinema (Ancine). Desde a semana passada, vem citando que a agência fomenta, com dinheiro público, obras cinematográficas que atentam contra a família. Bolsonaro voltou a citar o caso do filme Bruna Surfistinha, lançado em 2011. Na época, o filme recebeu cerca de R$ 4,3 milhões em renúncia fiscal, segundo a Ancine. Porém, obteve bilheteria de R$ 20 milhões e foi visto por mais de 2 milhões de espectadores no cinema.
Vamos buscar a extinção da Ancine. Não tem nada que o poder público tenha que se meter a fazer filme.
Conforme a Agência Brasil, Bolsonaro também disse ter solicitado que a Ancine recue na autorização dada para captação de R$ 530 mil em isenção fiscal. Seria para a produção do documentário Nem Tudo se Desfaz, do diretor Josias Teófilo. O filme trata dos acontecimentos que levaram à eleição do presidente em 2018. Fala também sobre o crescimento da linha conservadorista no país desde as manifestações de junho de 2013.
“Recentemente tomei conhecimento sobre a liberação para captação de R$ 530 mil via Ancine para produção de um filme sobre minha campanha nas eleições. Por coerência sugeri que voltassem atrás nessa questão. Não concordamos com o uso de dinheiro público também para estes fins”, escreveu o presidente em sua conta no Twitter.