Na última quinta-feira (06), foi realizada uma audiência pública para discutir a questão fundiária rural em Pinhão.
Posseiros de várias localidades lotaram o plenário da Câmara de Vereadores para discutir o assunto com o superintendente do Incra e com outras autoridades.
A história do conflito dos posseiros e a empresa Zattar é antiga e recentemente a empresa pediu reintegração de posse. Segundo informações, as ações de despejo atingiriam cerca de 250 famílias nas localidades de Faxinal dos Silvérios, Ribeiros, Avencal, Lajeado Feio, Guarapuavinha, Alecrim, Coutos e Bom Retiro. A Zattar vinha negociando com o Incra, desde 2006, a venda de 21 mil hectares. Porém, segundo Nilton, não houve acordo no preço.
Participaram da reunião Nilson Bezerra Guedes,do Incra, o chefe do Departamento de Assuntos Fundiários do Paraná, Hamiltom Seriguelli, Major Valdir Carvalho de Souza da Secretaria Estadual de Segurança, Jefferson Salles representante do Centro de Apoio Operacional da Promotoria de Justiça de proteção aos Direitos Humanos, José Carlos Vieira diretor do Instituto de Terras, Cartografia e Geociências (ITCG), professora doutora da Universidade Federal do Paraná, Liliana Porto e Miguel Zattar, proprietário das terras ocupadas.
Com a negociação arquivada, as reintegrações de posse foram reativadas. O Major Valdir tranqüilizou os posseiros que o Estado não irá agir de forma violenta. "Se for necessário cumprir a reintegração de posse, vamos sentar com o prefeito, com as autoridades e encontrar uma forma pacifica", disse ele.
Depois da discussão, em um acordo mutuo, Miguel Zattar aceitou reiniciar as negociações com o Incra, agora numa nova modalidade, por Interesse Social. Uma nova avaliação das terras será feita para averiguar o valor. Diante disso, as reintegrações de posses voltam a ficar suspensas. De acordo com o superintendente do Incra, seis meses são suficiente para que seja feita uma nova proposta de compra ao proprietário das terras.
Com Fatos do Iguaçu