Em sessão remota, Governo vence ‘round’ contra o ensino público

A semana começa tensa nos meios educacional e político do Paraná. Manifestações de alunos e de professores em vários municípios, incluindo, Guarapuava, deram o tom do que seria a votação do Projeto de Lei nº 345/2024, na Assembleia Legislativa.

Ocupação, invasão, privatização, parceria público-privada. As denominações variam conforme a origem do discurso. De um lado, professores, pais e estudantes defendem o ensino público garantido pela Constituição Federal. O argumento é que o ‘Parceiro da Escola’ possa, sim, ser um ‘presente de grego’.

Isso porque, conforme disse o deputado de oposição Arilson Chiorato, vai aumentar a desigualdade social e reduzir o acesso à educação para as populações mais vulneráveis. De outro, governo e aliados governistas, aprovam a terceirização da gestão das escolas. A justificativa é que a medida trará maior eficiência e qualidade ao sistema educacional do Paraná, permitindo a entrada de investimentos privados.

Para driblar os manifestantes que foram às galerias da Alep, após mobilização na Praça Santos Andrade, na capital, o Presidente da Mesa, Ademar Traiano suspendeu a sessão. Mas marcou outra para o fim da tarde, só que on-line. Antes, porém, teve bombas, pessoas feridas e Tropa de Choque.

Mas nem a mobilização pelo Paraná afora, nem os gritos dos manifestantes conseguiram mudar a proposta do governo. Afinal, como no parlamento ou em qualquer votação o que vale é o voto, o governador Ratinho Junior, venceu. O placar apontou 39 votos favoráveis e 13 contrários. Mas como houve emendas, o PL voltou à Comissão de Constituição e Justiça. Nova votação está marcada para esta terça (4). Alguém arrisca um resultado?

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