22/08/2023
Paraná Segurança

Empresária é agredida por Policial Militar em Curitiba

A agressão contra a empresária ganhou repercussão nacional, mas a PM disse que a força empregada foi necessária para conter a mulher

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Empresária sendo atendida após as agressões (Foto: Reprodução/redes sociais)

Uma empresária, dona de uma hamburgueria, é mais uma vítima de violência contra a mulher. De acordo com informações que tomam conta da imprensa estadual, Stephany Rodrigues, foi agredida por um policial militar na madrugada desse sábado (23). O fato ocorreu no bairro Cidade Industrial de Curitiba (CIC). Tratava-se de uma Ação Integrada de Fiscalização Urbana (Aifu) para fiscalização e combate de aglomerações.

Conforme as informações, a empresária fazia uma ‘live’ de um jovem sendo detido pela polícia. Ela também reclamou de multa de R$ 20 mil por desobediência às medidas sanitárias. “Estão fechando minha hamburgueria porque estão dizendo que tinha duas pessoas a mais. Estou tendo que mandar os clientes embora (…) Quem é meu cliente sabe que eu sempre fiz tudo certinho”.

No entanto, ao ver o homem sendo arrastado e jogado no chão durante a abordagem ela ficou alterada. De acordo com os fatos, a reação policial foi imobilizá-la, derrubá-la ao chão e desferir um soco na boca da empresária. Vários vídeos da agressão circulam pelas redes sociais.

“FORÇA FOI NECESSÁRIA”

Entretanto, segundo o capitão e coordenador da Aifu, Ronaldo Carlos Goulart, a força utilizada foi necessária. “A questão é a maneira que ela estava se comportando. Uma pessoa totalmente desequilibrada, transtornada, reagindo, ela precisa que a força seja feita para conter. E a força é feita à medida do necessário”, disse ao jornal Meio Dia Paraná, da RPC.

“A partir do momento que reage à prisão, que desacata, desrespeita, se debate, que fica em uma posição totalmente transtornada, vai precisar do uso da força. E, no caso, verifica-se que foi a força necessária para conter a ação”.

Todavia, o advogado Igor José Ogar, que defende a vítima, disse que a ação foi arbitrária. “Foi uma ação covarde e totalmente desproporcional”.

Em nota, a defesa defendeu que os PMs que participaram da ação sejam “retirados das ruas e das funções imediatamente”.

*Veja o vídeo da agressão divulgado pela Ricmais.

https://youtu.be/bBL64zG-mi4

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Cristina Esteche

Jornalista

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