22/08/2023
Economia

Empresária já organiza o ´Detona Guarapuava´ e espera obter o alvará da Prefeitura

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A empresária Kátia Burko, de Guarapuava, já começou os preparativos para a segunda edição do Detona Guarapuava, feira que reúne lojistas em três dias de evento. Neste ano será de 17 a 19 de outubro no Pahy Centro de Eventos. Além da transferência do local, já que em 2013 a sede foi o Parque de Exposições Lacerda Werneck, o aumento no número de expositores é outra novidade anunciada pela empresária “Já estamos com 40 lojas praticamente inscritas e devemos chegar a 50, incluindo entidades assistenciais que são responsáveis pela Praça de Alimentação e institucionais”. Um espaço com brinquedos infláveis para as crianças também será montado para as crianças. Outra novidade é que nos dias 17 (sexta) e 18 (sábado) haverá som ao vivo a partir das 18 horas.

De acordo com Kátia Burko a expectativa é de que o público supere ao de 2013 quando a adesão do consumidor surpreendeu os expositores. “Todas as lojas venderam tudo. Houve algumas que já no segundo dia tiveram que repor o estoque com a coleção atual porque não tinham mais o que vender”.

A feira, que neste ano apresentará descontos mínimos de 40% nas peças, tem um objetivo social que supera a contribuição dada a entidades assistenciais. “O nosso objetivo maior é dar oportunidade para que pessoas que não tem acesso a roupas de grifes famosas possam comprar. Tenho depoimentos de amigas que levaram a empregada para comprar na feira e que saíram de lá realizadas”.

DIFICULDADES

Neste ano o planejamento do Detona Guarapuava começa com antecedência larga para impedir que as dificuldades enfrentadas em 2013 se repitam. De acordo com Kátia Burko, o maior entrave foi a liberação do alvará por parte da Prefeitura. A feira funcionou com um mandado de segurança.

A Prefeitura rejeita a realização da feira com base na lei complementar número 008/2004 assinada pelo ex-prefeito Vitro Hugo Burko. No artigo 1º. Diz que o Município autorizará a realização de feiras ou promoções de vendas de produtos de qualquer natureza, com caráter transitório, em Guarapuava, desde que a empresa promotora, bem como os expositores, apresentem na Secretaria Municipal de Finanças, com antecedência mínima de 15 dias, uma série de documentação. De acordo com Kátia Burko todas foram cumpridas, com exceção das notas fiscais de origem dos produtos. “É impraticável ter a nota fiscal de origem e a Receita Estadual exige apenas a nota fiscal de remessa para venda ambulante”.

Segundo a empresária, essa lei foi criada para impedir a vinda de feiras de fora como a que acontece anualmente em Guarapuava e não para coibir eventos de empresários locais. A própria Lei Orgânica do Município prevê que compete o município, entre outras atribuições,  fomentar a produção agropecuária e demais atividades econômicas, inclusive a artesanal, além de conceder licença para o exercício do comércio eventual ou ambulante. “O nosso lucro fica no estoque e essa feira nos possibilita rever esse dinheiro”. 

Cristina Esteche

Jornalista

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