22/08/2023


Brasil Cotidiano Economia

Empresários pedem volta do comércio em 1º de maio

Pedido feito pela Federação da Associações Comerciais do Estado São Paulo objetiva amenizar os prejuízos que o comércio acumula durante a quarentena

Comércio fechado na rua 25 de Março durante a quarentena.

Empresários pedem volta do comércio em 1º de maio-  Comércio fechado na rua 25 de Março durante a quarentena (Foto: Agência Brasil)

O retorno do comércio a partir de 1º de Maio é o pedido que está sendo feito pela Federação das Associações Comerciais do Estado São Paulo (Facesp) e a Associação Comercial de São Paulo (ACSP). Porém, as entidades patronais defendem a obediência das regras de segurança. “Queremos comemorar o Dia do Trabalho trabalhando”, afirmam em nota enviada à imprensa. Em São Paulo a quarentena segue até 10 de maio.

Embora seja assinado por entidades de São Paulo, as observações valem para a classe em todo o Brasil. De acordo com as entidades, a paralisação do varejo significa a não circulação de R$ 1 bilhão por dia. Essa situação acarreta prejuízo para a economia. Além de colocar em risco a maior parte dos empregos e da renda dos trabalhadores de modo geral.

“A crise que o Brasil atravessa exige grandeza, discernimento e coordenação por parte dos governantes, para que não ocorram contradições, desperdícios ou a imposição de maiores sacrifícios à população do que os inevitáveis, que já são extremamente fortes”.

RISCOS

Assim, a Facesp e a ACSP lembram que manifestaram apoio quando da implementação das medidas restritivas às atividades empresariais. Entretanto, alertaram na oportunidade que tais restrições deveriam ter o menor tempo possível de duração. Isso porque considerando o impacto negativo da medida para as atividades econômicas e, principalmente, sobre os segmentos mais desfavorecidos da população.

Todavia, alertam mais uma vez, sobre os grandes riscos decorrentes da prorrogação das restrições, tendo em vista as dificuldades enfrentadas por empresas e cidadãos após um mês de isolamento. Advertem também para o risco de desorganização do sistema econômico. Isso está sendo provocado com o fechamento de empresas, aumento do desemprego, perda de renda e impactos sociais negativos sobre a saúde física e mental da população.

De acordo com a nota, os líderes empresariais consideram que, passados mais de um mês do isolamento, “parece lógico supor” que os governos já dispõem de dados suficientes. Assim como exemplos de outros países, que permitam adotar medidas diferenciadas por Regiões e setores.

PARCIALIDADE

As entidades também estão preocupadas com propostas que vêm sendo debatidas no Congresso, que possam comprometer ainda mais as finanças públicas. Embora, no momento, seja necessário expandir os gastos, é necessário que os recursos sejam bem aplicados, de forma transitória, não em despesas permanentes.

A classe empresarial entende que os custos da pandemia não estão sendo distribuídos com equidade. “O setor privado – empresas, trabalhadores, profissionais liberais, por conta própria e informais – está sendo fortemente atingido pelo resultado do empobrecimento do país”. Por isso, cobram do setor público, nos três Poderes, e em todos os níveis, sua parcela de contribuição.

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Cristina Esteche

Jornalista

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