22/08/2023
Economia

Empréstimo para pagar térmicas vai custar R$ 26,6 bi a consumidores

O empréstimo bancário de R$ 17,8 bilhões tomado pelo governo para socorrer as distribuidoras de energia – cujos gastos subiram por conta da falta de chuvas, que "secou" os reservatórios das hidrelétricas – vai custar R$ 26,6 bilhões aos consumidores. A informação está em um relatório do Tribunal de Contas da União (TCU).

A diferença de R$ 8,8 bilhões, aponta o documento do TCU, se refere aos custos bancários da operação, ou seja, aos juros, que também serão pagos pelos consumidores. Pela regra definida pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), o empréstimo será repassado às contas de luz dos brasileiros entre 2015 e 2017. Consultorias ouvidas pelo G1 apontaram que as tarifas podem aumentar entre 20% e 30% apenas no ano que vem, por conta dessa fatura.

Segundo o relatório do TCU, no primeiro ano serão repassados às contas de luz R$ 5,9 bilhões. Em 2016 serão R$ 13,3 bilhões e, em 2017, outros R$ 7,4 bilhões, totalizando os R$ 26,6 bilhões. O empréstimo será pago em 34 parcelas.

Essa operação financeira faz parte de um plano anunciado pelo governo em março, em meio a uma crise no setor elétrico provocada pela disparada no custo da energia no Brasil. O dinheiro veio socorrer as distribuidoras, que alegavam não ter recursos para fazer frente aos gastos extras bilionários.

Cristina Esteche

Jornalista

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