O endividamento da população paranaense voltou a bater recorde em outubro. De acordo com a Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (PEIC), 95,8% dos paranaenses possuíam algum tipo de dívida no último mês. Esse é o segundo pior indicador da série histórica, iniciada em 2010. Mas em agosto deste ano, o endividamento havia chegado a esse mesmo índice, que só não é pior do que os 96,2% registrados em agosto de 2011.
Conforme a pesquisa, as famílias de menor renda são as mais endividadas e 95,9% afirmam ter dívidas. Esse é o segundo maior percentual nos 12 anos da pesquisa, que fica atrás apenas dos 96,4% verificados em agosto deste ano.
Entre as famílias com renda acima de 10 salários mínimos, 95,2% possuíam dívidas em outubro. Assim, representa um aumento na comparação com setembro, quando 92,2% das famílias nesta faixa de renda se encontravam endividadas.
Na média nacional, houve queda no endividamento, que baixou de 79,3% em setembro para 79,2% em outubro. Contudo, a redução do endividamento em outubro foi acompanhada de novo aumento da proporção de famílias com contas atrasadas, que saltou de 30% para 30,3%. Além disso, em um ano, a alta de 4,6 p.p no indicador foi a maior desde março de 2016.
Embora o endividamento tenha caído no Brasil, neste início do último trimestre, em 17 das 27 unidades federativas a proporção de endividados cresceu entre setembro e outubro. Dos cinco estados com os maiores volumes de consumidores endividados, dois estão na Região Sul – Paraná e Rio Grande do Sul – sendo que os paranaenses foram os mais endividados do país em outubro.
INADIMPLÊNCIA
Apesar do novo aumento no endividamento, a inadimplência baixou no Paraná, ao passar de 26% em setembro para 24,4% em outubro. Já a parcela de famílias que não terão condições de pagar as dívidas em atraso também caiu, de 8,2% para 8,1% na variação mensal.
As famílias com renda abaixo de 10 salários mínimos possuem mais dificuldades de quitar os débitos e 26,1% estavam com as contas atrasadas em outubro, ante 27,9% em setembro. Por fim, entre as famílias com rendimentos acima de 10 salários mínimos, 16,7% possuíam contas em atraso no mês de outubro, ante 17,4% no mês anterior.
Os dados foram apurados pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) e pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Paraná (Fecomércio PR).
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