Da Redação
Guarapuava – Um aerogerador construído num fundo de quintal, utilizando sucatas encontradas num ferro velho está gerando energia eólica numa residência localizada no Núcleo Santa Cruz, em Guarapuava. Sobre o telhado, a hélice feita com tubos de rede de esgoto gira conforme o embalo do vento.
A engenhoca foi construída por Enéas Kulik, após cerca de 17 anos de pesquisas e agora só aguarda que a Energisa faça a interligação entre os dois sistemas.
“Eu moro na boca do Vale do Jordão onde há muito vento. Guarapuava é uma cidade típica de ventos. Então por que não aproveitar essa energia limpa?” Segundo Enéas, esse é o primeiro aerogerador eólico da cidade. “Há uns 20, mas de energia solar”.
A energia eólica é uma forma indireta de obtenção de energia do sol, uma vez que os ventos são gerados pelo aquecimento desigual da superfície da Terra pelos raios solares. Em outros termos, a energia eólica é a energia do movimento (cinética) das correntes de ar que circulam na atmosfera.
No Sul do Brasil, o município de Palmas, a cerca de 210 quilômetros de Guarapuava, é o primeiro a implantar uma usina eólica, com potência instalada de 2,5 MW, sob a responsabilidade da Copel, e começou a operar em 1999.
Produzida a partir da força dos ventos, captada por hélices ligadas a uma turbina que aciona um gerador elétrico, a energia é gerada por meio de aerogeradores. “É uma energia abundante, renovável e limpa”.
Embora pareça nova, a energia eólica é usada há mais de três mil anos. Antigamente ela era utilizada por meio dos moinhos, que serviam para bombear ou drenar água, moer grãos e outras atividades que dependiam de força mecânica. Ao longo do tempo, passaram a utilizar a força dos ventos não só para gerar força mecânica, mas também energia elétrica. Com o avanço tecnológico, os aerogeradores se tornaram aptos a gerar uma quantidade maior de energia, até que surgiram as primeiras usinas eólicas.