A Associação Comercial e Empresarial de Guarapuava (Acig) publicou nesta quinta (3) um manifesto repudiando a decisão da Azul Linhas Aéreas de suspender os voos comerciais entre Guarapuava e Curitiba. A medida, que passa a valer em 1º de setembro, foi atribuída pela empresa à crise financeira enfrentada no processo de recuperação judicial. No entanto, entidades locais consideram a decisão um retrocesso com impactos significativos ao desenvolvimento regional.
No texto, assinado por sindicatos, conselhos e instituições como a Fiep, OAB e Câmara Municipal, o grupo afirma que Guarapuava não pode ser desconectada do transporte aéreo comercial. De acordo com a Acig, Guarapuava, que abriga mais de 10 mil empresas e é referência em diversos setores comerciais, não pode ser desconectada do transporte aéreo.
É uma ruptura grave em um processo construído com planejamento e articulação coletiva.
As entidades cobram diálogo com a Azul, a Anac e os governos Estadual e Federal para a construção de alternativas. Também exigem medidas imediatas que garantam a retomada da conectividade aérea. A mobilização ocorre em meio à articulação da Prefeitura com outras companhias — como Gol e Latam — interessadas em assumir a operação.
De acordo com a administração municipal, a linha Guarapuava–Curitiba operava com taxa de ocupação acima de 60% e dava lucro. A desativação, segundo a Prefeitura, é reflexo da crise interna da companhia, e não de demanda local. A Acig reforça que, sem voos comerciais, a cidade perde em logística, saúde, educação, eventos, turismo e competitividade.
Leia o manifesto completo assinado por 12 instituições aqui.
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