22/08/2023


Região Saúde

Epidemiologia de Irati divulga investigação sobre surto de sarampo

Município teve oito casos de sarampo confirmados no boletim epidemiológico. Saúde alerta para importância da vacinação dos moradores

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Epidemiologia de Irati divulga investigação sobre surto de sarampo (Foto: Arquivo/RSN)

O município de Irati encerra nesta semana a investigação do surto de sarampo ocorrido entre 2 de outubro de 2019 e 3 de março de 2020. A informação está no Boletim Epidemiológico emitido pelo setor responsável da Secretaria Municipal de Saúde. O documento integra a Semana Epidemiológica 36. Assim, em Irati, foram 39 casos notificados no período especificado.

Além disso, dessas 39 notificações, oito foram confirmadas e 30 descartadas. E ainda, um caso confirmado em pessoa residente de Curitiba. Não houve morte. Dos oito casos confirmados, em um deles a provável fonte de infecção foi Curitiba. Já em outros três casos, a provável fonte foi União da Vitória. E em quatro casos não foi possível definir a fonte de infecção externa, sendo provavelmente infecção local.

De acordo com a Vigilância Epidemiológica Municipal, após 20 anos sem registro de casos confirmados de Sarampo no Paraná, confirmou-se o primeiro caso em Campina Grande do Sul, em 28 de julho de 2019. Em seguida, Irati confirmou o primeiro caso, em 29 de outubro de 2019. Assim, pelo monitoramento efetuado em Irati, a faixa etária mais acometida pelo Sarampo foi a de adultos jovens, com idade entre 20 e 39 anos, com cinco casos. Além disso, crianças menores de cinco anos, com dois casos (10 e 11 meses).

SARAMPO

O Sarampo é uma infecção viral, aguda, altamente contagiosa, transmitida por via aérea, “aerossóis”, por meio da fala, espirro, tosse e respiração. Pode atingir todas as faixas etárias. Mas pode ter maior gravidade nos extremos de idade. O vírus do Sarampo pode levar a complicações como encefalite, meningite e pneumonia.

Os principais sintomas são febre acompanhada de tosse, irritação nos olhos, nariz escorrendo ou entupido e mal-estar intenso. Em torno de três a cinco dias, podem aparecer outros sinais e sintomas. São manchas vermelhas no rosto e atrás das orelhas. Em seguida, as manchas se espalham pelo corpo. A persistência da febre é um sinal de alerta e pode indicar gravidade, principalmente em crianças menores de cinco anos.

CONTROLE

Em caso de suspeita, são necessárias algumas medidas, como notificação imediata em até 24 horas para a Vigilância Epidemiológica, pelo telefone 9 9104 1938. Além disso, coleta de exames, isolamento domiciliar, bloqueio vacinal e monitoramento.

De acordo com a Saúde de Irati, houve várias campanhas de vacinação contra o sarampo desde 7 de outubro de 2019, com público alvo variado. Além disso, o município informou que administrou Vitamina A em todas as crianças suspeitas de sarampo na faixa etária de zero a quatro anos 11 meses e 29 dias de idade.

Grupos de risco específicos como gestantes, imunocomprometidos e crianças menores de seis meses que tiveram situações de exposição com caso suspeito ou confirmado de sarampo, receberam Imunoglobulina Humana para uso profilático.

VACINAÇÃO

A campanha de vacinação contra o sarampo permanece ativa para todas as pessoas na faixa etária entre 20 a 49 anos. Assim todos os moradores desta faixa etária devem receber uma dose extra da Tríplice Viral, independente se estão com esquema completo de vacinação.

(Imagem: Secom/Prefeitura de Irati)

A Secretaria de Saúde de Irati orienta os pais e responsáveis que, em momento de pandemia, é imprescindível manter em dia as vacinas dos filhos. Desta forma, é importante que todos compareçam à unidade de saúde mais próxima da residência, com a carteirinha de vacina e documentos pessoais, para atualizar as vacinas.

Por fim, o setor de Epidemiologia informou que há muitos casos de adultos com o sistema vacinal em atraso.

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Gilson Boschiero

Jornalista

Possui graduação em Jornalismo, pela Universidade Metodista de Piracicaba (1996). Mestre em Geografia pela Unicentro/PR. Tem experiência de 28 anos na área de Comunicação, com ênfase em telejornalismo e edição. Foi repórter, editor e apresentador de telejornais da TV Cultura, CNT, TV Gazeta/SP, SBT/SP, BandNews, Rede Amazônica, TV Diário, TV Vanguarda e RPC. De 2015 a 2018 foi professor colaborador do Departamento de Comunicação Social da Unicentro - Universidade do Centro-Oeste do Paraná. Em fevereiro de 2019, passou a ser o editor chefe do Portal RSN.

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