22/08/2023
Saúde

Equoterapia auxilia tratamento de doenças em Guarapuava

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Equipe do Centro de Reabilitação e Equoterapia Dionel de Lima

Caio Budel

Há um ano, o Centro de Reabilitação e Equoterapia Dionel de Lima ajuda diversos guarapuavanos com a prática que utiliza o cavalo como instrumento de tratamento. Com sede no Parque Lacerda Werneck, o tratamento alternativo é reconhecido pela medicina e trabalha com atividades que beneficiam questões fisioterapêuticas, psicológicas e esportivas.

De acordo com Elaine Maria Basso, equitadora, os trabalhos realizados no Centro são uma maneira de tratar determinada patologia de forma que foge do convencional, fazendo que o praticante não se sinta preso. “Muitas pessoas que fazem determinado tratamento tem receio de ficarem em lugares fechados com um médico. Aqui, por ser um lugar atípico, a abordagem e recepção do praticante é diferente”, explica.

Na área da fisioterapia, o trabalho com cavalos ajuda no recrutamento muscular. De acordo com André Bordinhão Barreto, fisioterapeuta, o andar tridimensional do cavalo faz que o corpo do praticante gere estímulos que ajudam na correção de um problema postural, por exemplo. “Especificamente na fisioterapia, o tratamento ajuda em questão de equilíbrio, sensorial, coordenação motora e noção corporal. O tipo de solo que o animal anda, que nós variamos durante o tratamento, também influencia na hora de resolver alguma questão estrutural”, explica.

Para ser um praticante de equoterapia, o interessado deve passar por uma avaliação com os profissionais do Centro para ver se não existe algum empecilho que o impeça de ter tratamento com cavalos. “Se a pessoa estiver apta, nós precisamos apenas da liberação de um médico para fazermos o trabalho. Porém, a equoterapia é um complemento e não elimina o tratamento em solo”, explica a fisioterapeuta Joice Casagrande Piovezani.

A INICIATIVA


Foto/Reprodução: Centro de Reabilitação e Equoterapia Dionel de Lima

Apesar do Centro ser novo em Guarapuava, os trabalhos de Equoterapia são realizados na cidade há mais de 18 anos. Dionel de Lima, equitador e psicólogo, inspirou o nome do Centro por ser o pioneiro com estes trabalhos no município. “Com a equoterapia, o praticante tem um desenvolvimento psicomotor e consegue condições para desenvolver a afetividade, estimula a linguagem e ajuda na socialização, auto controle e inserção ou reinserção social”.

Ainda de acordo com Dionel, o cavalo transmite para o praticante a sensação de bem estar associada ao controle. “Isso leva o praticante a experimentar sentimentos como liberdade, independência e capacidade”.

ADOTE UM PRATICANTE
Na 39º edição da Expogua deste ano, o Centro de Equoterapia lançou um projeto voluntário para que empresas ou pessoas adotem um praticante. A ideia é que os interessados mantenham o trabalho de equoterapia com praticantes que não possuem condições financeiras para arcar com o tratamento. 

Cristina Esteche

Jornalista

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