Por Niquitin
Se você é daquelas pessoas que tentam parar de fumar todo ano e não conseguem, há grandes chances de estar cometendo alguns erros prejudiciais ao sucesso nesta empreitada. A começar pela ideia de que abandonar o tabagismo é só uma questão de força de vontade. É preciso sempre ter em mente: o cigarro vicia e causa dependência. [1]
Essa não é a única atitude errada nesta situação, há muitas outras, como é possível ver abaixo. Saiba se você está cometendo algumas delas e não desista do objetivo. É possível viver sem o cigarro.
Não enfrente a batalha contra o cigarro sozinho. Busque um parceiro entre seus familiares ou grupo de amigos para te dar suporte e apoio.
1. MINIMIZAR O VÍCIO
Antes de tudo, é preciso entender que fumar causa dependência e parar pode exigir mais do que força de vontade do fumante. O apoio terapêutico e psicológico pode ser inclusive necessário. De acordo com o Programa Nacional de Controle do Tabagismo, a composição do cigarro altera o sistema nervoso central. A consequência disso é a modificação no estado emocional e comportamental do usuário, com uma possível indução ao abuso e à dependência. [2]
2. MARCAR UM DIA
Empurrar com a barriga (o famoso “amanhã eu paro”) é uma estratégia equivocada para quem quer parar de fumar. O mais recomendado é marcar um dia específico para iniciar o abandono do tabagismo e fazer dele um momento especial na agenda. Isso pode gerar comprometimento pessoal para uma mudança concreta. [3]
3. NÃO SE PREPARAR PARA OS EFEITOS
Como já foi dito, o cigarro causa dependência química. Portanto, o seu corpo pode reagir quando o tabagismo é interrompido. Segundo o Instituto Nacional de Câncer (INCA), problemas de concentração, irritação, dor de cabeça e vontade intensa de fumar são comuns nos primeiros dias. Procure se programar para fazer coisas que você gosta e te distraiam neste período, como caminhar, ouvir música, dançar e fazer exercícios.
4. MANTER A ROTINA
Abandonar o tabagismo pode ficar mais difícil se você continuar com certos hábitos. Por exemplo, se o cafezinho depois do almoço te lembra o cigarro, mude esse comportamento. Que tal tomar um suco ou um chá? Da mesma forma, é melhor evitar aquela roda de amigos fumantes nos primeiros dias. [3]
5. SE ISOLAR
não é necessário enfrentar a batalha de parar de fumar de forma solitária. Busque um parceiro entre seus familiares ou grupo de amigos para te dar suporte e apoiar nos momentos mais difíceis. A organização Smokefree.gov, do Instituto Nacional de Câncer dos Estados Unidos (NIH), afirma que o fumante tem muito mais chances de abandonar o vício quando se sente apoiado.
6. ABANDONAR TUDO NO PRIMEIRO TROPEÇO
Ter uma recaída não é desejável, mas também não é o fim do mundo. Não use isso como desculpa para voltar a fumar. Esqueça aquele cigarro que você não resistiu e fumou. Comece tudo de novo e mantenha-se firme no seu propósito. [3]
7. TRATAMENTO INCOMPLETO
Siga estritamente as recomendações do tratamento que você se dispôs a fazer. Do contrário, os resultados não serão completos. Por exemplo, os adesivos de nicotina não devem ser fracionados. Essa conduta impede que o produto libere a quantidade adequada da substância no organismo, como previsto em sua formulação. Da mesma forma, a terapia não deve ser interrompida antes do prazo. Isso prejudica a eficácia do tratamento auxiliar contra o tabagismo. [2, 3]
8. BANCAR O NEGATIVO
As dificuldades iniciais ao parar de fumar são inegáveis, mas a sua vida não precisa girar no entorno disso. Por que não focar nos ganhos que você está adquirindo a cada semana sem cigarro? Perceba que está respirando melhor, que o sabor dos alimentos está mais evidente, e que seus cabelos e roupas não cheiram mais ao tabaco. Para reforçar as conquistas, anote-as num caderninho ou em sua agenda. [3]
Fontes:
1 – Organização Mundial da Saúde – OMS
2 – Programa Nacional de Controle do Tabagismo – Instituto Nacional de Câncer (INCA)
3 – Cartilha “Você Está Querendo Parar de Fumar?” – INCA
4 – Smokefree.gov, do Instituto Nacional de Câncer dos Estados Unidos (NIH)
Texto publicado originalmente no site do jornal O Globo