22/08/2023
Educação

Escolas públicas melhoram indicadores educacionais

Da redação, com Agência Brasil – Edição Bárbara Franco

Identificar os pontos fracos na aprendizagem dos alunos, traçar metas claras para superá-los e aprimorar a gestão são algumas das boas práticas adotadas por 215 escolas públicas que atendem a alunos de baixa renda familiar e que conseguiram melhorar indicadores educacionais entre 2007 e 2011. As práticas comuns a essas instituições e que têm permitido avanços foram identificadas pela pesquisa Excelência com ×Equidade, produzida pela Fundação Lemann em parceria com o Itaú BBA.

Os anos iniciais do ensino fundamental do (1º ao 5º) foram o foco da pesquisa. A análise teve como base um universo de cerca de 15 mil escolas com estudantes de baixo nível socioeconômico e chegou a essas 215 instituições que apresentaram evolução no Índice de×Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) de 2007 a 2011. Elas apresentaram resultado satisfatório na Prova Brasil 2011, com pelo menos 70% dos alunos com nível adequado em matemática e em língua portuguesa.

A partir daí, essas escolas foram comparadas a outras de nível socioeconômico e contexto similares que tiveram desempenho semelhante no ×Ideb em 2007, mas não atingiram o mesmo avanço nos indicadores educacionais em 2011. No estudo qualitativo da pesquisa, buscou-se identificar as práticas e estratégias comuns das escolas que passaram pelos critérios, enquanto o estudo quantitativo procurou mapear as características dessas 215 unidades que podem explicar o sucesso e as ações que conseguiram implementar.

Os pesquisadores constataram que um dos diferenciais é que essas instituições monitoram as deficiências e os avanços dos indicadores educacionais e fazem avaliações constantes do desempenho dos alunos e profissionais da educação. Identificados os pontos a melhorar, são traçadas metas claras, com a participação dos educadores, e planejadas as estratégias para alcançá-las. O apoio e a participação efetiva das secretarias de Educação, sejam municipais ou estaduais, são apontados pela pesquisa como fundamentais em todo o processo.

Ao longo de todo o ano, professores, coordenadores e diretores são capazes de identificar os conteúdos que cada aluno domina e aqueles em que ainda precisa melhorar. “A vantagem desse modelo focado no aprendizado é que a escola é capaz de interferir assim que identifica um problema de aprendizagem, impedindo que os alunos fiquem para trás. O que os alunos estão ou não aprendendo é a base para a formação continuada dos professores, o reforço escolar”, registra o texto.

Cristina Esteche

Jornalista

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