Não tem como ser diferente. Deixe um fotojornalista trancado entre quatro paredes e assistirá o seu fim. O escritório de um fotojornalista é a rua e tudo que ela oferece de possibilidades. E é viajando que nos libertamos ainda mais na profissão que abraçamos. Novas culturas, cores e sabores. Gente com expressões variadas. Um oasis em meio ao turbilhão de notícias e de disparos mecanizados.
Estar no interior de Goiás estes dias, mesmo com o calor absurdamente atípico, me faz relaxar a alma e fotografar despretenciosamente. Aqui no cerrado deixei amigos quando resolvi retornar para o Paraná e cada reencontro é uma alegria que me embriaga.
Estive na Feira da Praça Coberta neste domingo (18) na cidade de Iporá, pouco mais de 200 Km da capital Goiânia, e abracei mais do que fotografei. Amigos e conhecidos nos reconhecem de longe e a farra é contagiante. Envolvida pelas histórias e pelo carinho do povo hospitaleiro desta parte do Brasil, me certifiquei que estou no caminho que deveria estar. Não há dinheiro que pague momentos como estes e agradeço a Deus por estes momentos PRESENTES! Sim, presentes de valores incalculáveis. E a jornada segue e que muitos "escritórios" pela vida afora estejam prontos para surpreender o meu olhar.