O corpo de Tatiane Spitzner levou quase dois segundos para chegar ao solo. Além disso, a força do impacto, por causa da aceleração da gravidade teve uma força de impacto de mais de 1.300 quilo. Esta é uma das informações posteriores a avaliações técnicas promovidas pelo especialista em inteligência pericial Leocádio Casanova. Contratado pela defesa para analisar a reprodução simulada da queda fatal da vítima na madrugada de 22 de julho de 2018.
De acordo com afirmações do especialista, a falta de detalhes, de fotografias, de apreensão de objetos, da preservação do local demonstram a fragilidade das investigações. Contratado pela defesa de Luis Felipe Manvailer, a participação do especialista se ateve à reprodução simulada do fato.
Analisando detalhes expostos em vídeos e fotos pela defesa, o especialista aponta, inicialmente, imagens dos três ensaios da reprodução. De acordo com a leitura do depoimento de Manvailer na delegacia de São Miguel do Iguaçu, onde foi preso, ele dá a versão dos fatos. Conforme a narrativa do réu e a simulação, que foi a solicitação policial para a reprodução, Leocádio diz que o trabalho não avaliou a versão de Manvailer. Conforme o especialista serviu apenas para testar versões de abandono do corpo inerte.
“JAMAIS FARIA COM CORPO INERTE”
Respondendo a uma das perguntas feita acusação, ele disse que não teve permissão para periciar o prédio. E que se isso ocorresse jamais faria com um corpo inerte. Ele se refere ao boneco utilizado na simulação. Já no primeiro ensaio o boneco com peso da vítima, ou seja, 62 quilos, escapou, caiu, bateu contra a mureta do apartamento 103 e espatifou. Conforme a reprodução, outros dois ensaios se seguiram, apesar do boneco conter então apenas 14 quilos.
Após várias perguntas feitas pelo advogado Luiz Claudio Dalledone, Leocadio informa que as imagens da queda registradas pela câmera de segurança demonstram a mesma velocidade de queda do corpo do primeiro ensaio da reprodução simulada. O que, segundo o perito, aponta para ausência de qualquer impacto no trajeto da queda.
UNHAS E ESFREGAÇO
Entre várias abordagens a defesa pergunta em relação às imagens de marcas de unhas, de esfregaço de borracha no vidro que não constam no processo. Desse modo, segundo Leocadio, são dados importantes que deveriam constar no processo. De acordo com o especialista, é indispensável, porque ajudariam a tentar entender como ocorreu a queda de Tatiane.
Assim, após outras análises feitas por Leocádio, outra constatação é que não há nenhum indício de briga dentro do apartamento. Dessa forma, outras “falhas” foram apontadas pelo especialista e constam no laudo feito por Leocadio.
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