Com o avanço da vacinação e a redução de novos casos, hospitalizações e mortes por covid-19, analistas começam a entender que o pior da pandemia já passou no Brasil. Um novo cenário se desvela: possivelmente, conviveremos com o vírus em menor transmissão. Mas que metas é preciso atingir para dizer que a pandemia virou página do passado?
A resposta mais sucinta é: não existe regra universal — cada governo opta por flexibilizar as restrições com segurança conforme indicadores locais demonstrem que há pouquíssimos novos casos, hospitalizações e mortes.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) diz que a pandemia (coronavírus a nível global) acabará quando a doença for controlada em diferentes regiões do planeta. No entanto, se transformará em epidemia (restrita a algumas nações). Para o Brasil, o esforço é para que se transforme em endemia.
PESQUISAS
O pesquisador da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) Marcelo Gomes, coordenador do Infogripe, cita dois indicadores considerados pela OMS e pelas agências reguladoras dos Estados Unidos e da União Europeia para guiar o entendimento de que uma doença está controlada: quando há, em uma semana, um acumulado abaixo de 5 novas mortes por 1 milhão de habitantes e de 10 novos casos semanais por 100 mil habitantes.
Assim, a cobertura em países pobres preocupa a OMS justamente pelo risco de surgirem novas variantes. Para evitar problemas, a entidade estabeleceu dois objetivos: vacinar 40% da população mundial até dezembro e 70% até a metade de 2022. Segundo o escritório do órgão nas Américas, a Opas, a maioria dos países no continente atingirá uma das metas e vacinará com duas doses 40% da população.
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