22/08/2023
Saúde

Especialistas recomendam à idosos prática de exercícios e jogos para memória

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Praticar exercícios físicos é importante para garantir uma velhice mais saudável e alguns idosos, como Pablo Medeiros, de 68 anos, ainda podem fazer isso desfrutando da beleza de um dos cartões postais mais visitados da cidade, o Parque do Lago. É lá que, mesmo sob calor forte no verão, e alguns dias com pancadas de chuva,  ele faz caminhadas regulares para manter a saúde. Medeiros integra o contingente de idosos da cidade que não abre mão da qualidade de vida. Durante as férias, faz questão de participar de uma boa e divertida rodada de jogo da memória com seus netos. “Eles me estimulam e rimos muito juntos. Estes momentos nos rejuvenescem”.

Em Guarapuava, onde 24,51% (dados do IBGE) já passaram dos 60 anos e são considerados idosos pela Organização Mundial de Saúde (OMS), a cidade inova ao estimular a atividade física. Instalou a céu aberto equipamentos para exercícios de mobilidade, com o objetivo de prevenir doenças e melhorar a qualidade de vida da população idosa – conforme orienta o Estatudo do Idoso, que no próximo mês completa 10 anos em vigor no país.

Segundo dados da Sociedade Brasileira de Medicina de Família e Comunidade, toda a iniciativa que estimula a prática de exercícios é válida. A atividade física, de qualquer tipo, ao ar livre ou na academia, ajuda a manter a força física e o equilíbrio do corpo por mais tempo. Ao fazer exercícios há um ganho de massa muscular e, com isso, a perda natural da musculatura que acontece com a idade ocorre mais lentamente, explicou o relatório da entidade.

O Colégio Americano de Esportes e Medicina, que reúne pesquisadores de 90 países, confirma que o exercício regular limita o aparecimento e a progressão de doenças crônicas, inclusive aquelas relacionadas à perda de cognição, como o Mal de Alzheimer. Cerca de 30 minutos por dia, duas vezes por semana, fazem uma grande diferença contra essas doenças, diz a pesquisa da professora Andrea Deslandes, da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).

Hábitos saudáveis e o convívio social, com amigos e familiares também ajudam os idosos a ter uma vida melhor. Comida com pouco sal, beber muita água e parar de fumar são fundamentais. Os médicos alertam que, com o passar dos anos, as pessoas podem perder um pouco do paladar e sentir menos sede que o restante da população e é preciso se policiar para não exagerar no sal ou ficar desidratado.

“Envelhecer de forma saudável significa manter o máximo possível de sua capacidade funcional e intervir na própria a vida. Isso passa por manter os movimentos, o raciocínio lógico e o sentidos”, reforça a Sociedade Brasileira de Medicina de Família e Comunidade.

Cristina Esteche

Jornalista

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