Está tudo diferente!

Faltam 20 dias para as eleições municipais e nos deparamos com uma campanha atípica, diferente das demais. Uma das maiores expectativas é em relação a pesquisas. Em Guarapuava, por exemplo, ainda não há nenhuma sondagem oficial a esse respeito. Em relação a pesquisas internas, aquelas que são realizadas por coligações para monitoramento e condução da campanha, os resultados – quando vazam – são diversos e podem agradar a "gregos e troianos".

Outra ausência é em relação a propagandas impressas, como os tradicionais “santinhos”. Sem dinheiro, os candidatos se viram como podem e apostam na velha prática do corpo a corpo. Até mesmo nos programas do horário gratuito na televisão, principalmente, o que se vê é um desfile de repetições, que buscam chamar a atenção de um eleitor cada vez mais desinteressado pela política.

O que se tem de diferente mesmo é uma fiscalização mais rígida das contas da campanha eleitoral, com o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) analisando as prestações de contas dos candidatos a cada 72 horas. A intenção é evitar fraudes nos financiamentos. Aliás, como disse a jornalista Cristiana Lobo, o TSE já identificou doadores que já morreram e pessoas de baixo poder aquisitivo doando recursos. Como se vê, é melhor não insistir no famoso “jeitinho brasileiro”.

Ainda pegando um gancho da Cristiana Lobo, o eleitor não quer mais saber de propostas extravagantes – aquelas em que o candidato promete “mundos e fundos” e que se tem a certeza de que não vai poder realizá-las. O eleitor também promete decretar o fim dos políticos profissionais, principalmente, nos legislativos municipais. Quem já possui mandato e tem a certeza de ter cumprido a sua missão, coforme prometeu, deverá ter o reconhecimento do eleitor. Caso contrário,  já pode colocar "a barba de molho".