Os trabalhadores dos Correios da Região de Laranjeiras do Sul continuam em estado de greve. Isto porque, os funcionários estão exigindo melhorias nas condições de trabalho, o que pode impactar no atendimento à população. De acordo com o Sindicato Local, a partir da segunda quinzena de janeiro, os funcionários podem interromper as atividades.
Contudo, os trabalhadores não escolherão cruzar os braços sem motivo. Conforme o secretário de Formação e Estudos Socioeconômicos do Sindicato dos Trabalhadores em Empresas de Comunicaçôes Postais, Telegráficas e Similares do Paraná (Sintcom-PR), Alexsander Soares Menezes, há um leque de fatores que motivam a decisão.
Entre eles está a obrigatoriedade que os trabalhadores da distribuição abram as agências comerciais aos sábados. Entretanto, isto contraria a legislação, pois deve ser feito por um responsável, já que as unidades lidam com valores e a abertura por uma pessoa não qualificada pode causar riscos.
Para que isso ocorra, os trabalhadores vêm sendo pressionados e coagidos para assinarem termos de responsabilidade pela unidade. Sendo que não há qualquer garantia, porque eles não tiveram um treinamento para essa atividade. Já que envolve a conferência de produtos, numerários e operação de equipamentos de segurança e monitoramento, considerando no julgamento de eventuais problemas.
Diante disso, na última semana de dezembro de 2021, houve uma assembleia em Laranjeiras de Sul. Porém, após diversas tentativas de negociação para que fossem implementadas soluções por parte da empresa e que cessassem as ações de coação, os trabalhadores decidiram entrar em estado de greve por tempo indeterminado.
SOBRECARGA DE TRABALHO
Outro problema é que os Correios não ofertam concursos desde 2011. Isto faz com que haja uma redução no quadro de funcionários, seja por aposentadoria, pedidos de demissão e até mesmo falecimento. Por outro lado, o fluxo de encomendas vêm aumentando cada vez mais, devido as vendas on-line.
Dessa forma, o secretário ainda afirma que as soluções da Superintendência dos Correios do Paraná não são suficientes para reduzir esses impactos. “E há uma política de precarização dos atendimentos nos municípios menores não só no nosso Estado, mas em todo o Brasil tendo em vista o interesse do atual governo em privatizar a empresa”.
DESLOCAMENTO DAS EQUIPES
Inclusive, Laranjeiras do Sul atende outros municípios do entorno. E a equipe afirma que há um sucateamento dos equipamentos e veículos. Nesse sentido, a empresa contratou mão de obra terceirizada, o que não assegura o alcance da eficiência necessária.
Além disso, a equipe também sofre com deslocamentos dos colaboradores para dar suporte aos outros municípios, como Rio Bonito do Iguaçu e Guaraniaçu. Porém, segundo o secretário, isso prejudica os trabalhadores. Isto porque, há a exposição dos funcionários e a precarização da prestação de serviços à população das cidades.
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