A estiagem provoca quebra na produção agrícola, principalmente, em Prudentópolis, a maioria da agricultura familiar. Por isso, o prefeito Adelmo Klosowski decretou estado de emergência, nesta sexta (15). Além das lavouras, a seca prejudica o consumo humano e de animais.
Com cerca de 744 localidades espalhadas pelo interior, algumas com até 70 quilômetros de distância da sede, o abastecimento nessas comunidades não está sendo possível. De acordo com Adelmo, a prefeitura não possui caminhão-pipa para o transbordo de água potável.
Município maior produtor de feijão preto do país, Prudentópolis estima uma quebra de 40% na produção. De acordo com o Departamento de Economia Rural, da Secretaria de Estado da Agricultura (Deral), a área plantada é de 12,4 hectares, num universo de 30,8 hectares cultivados nos 10 municípios da Região da Seab.
Conforme o Deral, outra cultura que está sendo prejudicada é a do milho safrinha. Segundo o técnico Manfio Prudentópolis cultiva 4,5 hectares e é o maior produtor da Região da Seab/Guarapuava. “Isso equivale a 68% da produção regional de milho safrinha”. Todavia, a quebra prevista é de 20% por causa da falta de chuva.
Responsável também pela produção de maracujá, neste ano, numa área de 90 hectares, no município a perda também será significativa. Embora o município já tenha plantado 300 hectares da fruta, apesar da redução de área, ainda continua responsável por um dos maiores cultivos do país.
DÉFICIT
Prudentópolis, segundo o prefeito Adelmo Klosowski, está sem chuva há cerca de seis meses. “No trimestre, entre fevereiro e abril deste ano, a anomalia de precipitação atingiu todo o Paraná de forma generalizada. Há locais com até 90% de déficit. Em Prudentópolis estamos com aproximadamente 55% de déficit”.
De acordo com Manfio, os prejuízos vão além da perda de produtividade das lavouras. “Na estiagem o gado não dá leite e não engorda”. Além da cadeia agropecuária, a preocupação do prefeito é, principalmente, com a população. “Estamos passando por uma pandemia, e a higiene básica é fundamental para o controle do contágio. Porém, nem isso está sendo possível já que não há água disponível nas residências”.
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