22/08/2023
Agronegócio Guarapuava Paraná

Estimativa aponta colheita de 25,7 milhões de toneladas em grãos no PR

Guarapuava pode ter o rendimento atrapalhado por doenças e fungos difíceis de combater com chuvas na safra 2022/23

Colheita de trigo no sudoeste

A colheita do trigo e o plantio da soja, milho e feijão são algumas das culturas mais expressivas deste período.(Foto: Albari Rosa/AEN)

A estimativa de safra 2022/23 feita pelo Departamento de Economia Rural (Deral), aponta a colheita de 25,7 milhões de toneladas de grãos no Paraná. Conforme o levantamento da SSecretaria de Estado da Agricultura e do Abastecimento (Seab), a colheita do trigo e o plantio da soja, milho e feijão são algumas das culturas mais expressivas deste período.

Em Guarapuava a colheita da cevada ficou interrompida por vários dias por conta das chuvas, mas começou a se intensificar desde o último fim de semana. Conforme a Agência Estadual de Notícias (AEN), no ano passado, grande parte da produção foi utilizada para ração em razão da qualidade, o que pode se repetir este ano.

Guarapuava, outro polo importante de produção, está com pouca área colhida. Mas o rendimento pode ser atrapalhado por doenças e fungos difíceis de combater com chuvas.

Já a colheita do trigo avançou. De acordo com o Deral, chega a 63% a área semeada, estimada em 1,19 milhão de hectares. Desse modo, a nova projeção espera que o Estado colha 3,56 toneladas de trigo contra a expectativa até o mês passado de 3,8 milhões de toneladas.

Conforme o agrônomo Carlos Hugo Godinho, parte da revisão se deve à estiagem no Norte e Centro-Oeste do Paraná, que teve quebra de 11%, e a outra parte às chuvas e geadas no Oeste e Sudoeste, com retração de 30% e 16%, respectivamente.

SOJA

O período sem chuva favoreceu um avanço de 11 pontos porcentuais para a soja. Os 600 mil hectares plantados em três a quatro dias fez com que se avançasse de 33% para 44% a área semeada. A expectativa é de que se colham 21,5 milhões de toneladas de soja na safra.

De acordo com o analista de soja no Deral, Edmar Gervásio, neste período, na safra 21/22, cerca de 60% da área estava plantada.

Se não houver chuva nos próximos dois dias, vai avançar bastante o plantio, que ainda está em atraso em todo o Estado se comparar com o ciclo anterior. Portanto, de modo geral, em termos de qualidade, a safra está boa.

MILHO

O plantio do milho primeira safra alcançou 82% da área total de 400 mil hectares e a produção esperada, neste momento, gira em torno de 3,9 milhões de toneladas. Embora ainda haja indefinição. “Há um risco um pouco maior nessa cultura, porque pegou muito esse volume de chuva e talvez possa prejudicar o desenvolvimento, mas ainda é cedo para cravar alguma coisa”. No Paraná, a segunda safra de milho é a mais expressiva.

FEIJÃO

Conforme a Seab, o feijão segunda safra do Paraná teve a colheita encerrada em julho, com 561 toneladas. Desse modo, o volume de 96% superior ao colhido no ano passado acabou bastante prejudicado pela estiagem. No entanto, os produtores ainda têm 22 mil toneladas para comercializar, o que representa 4%.

As condições climáticas dos últimos dias também beneficiaram o feijão primeira safra, que está em fase de plantio na maioria das áreas. Assim, a semeadura avançou para 64% da área de 122 mil hectares. Contudo, esse volume ainda é 20 pontos porcentuais menor que nos anos anteriores.

BOLETIM AGROPECUÁRIO

Para conferir a evolução de outras culturas a Seab divulgou nesta quinta (27) o Boletim Semanal de Conjuntura Agropecuária. Além de falar sobre as principais culturas a campo no Estado, como feijão, milho, soja e trigo, o documento traz informações sobre a fruticultura paranaense.

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Antunes

Jornalista

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