O retorno das exportações da indústria brasileira aos níveis de 2008 traria até R$ 376 bilhões por ano para a economia do país. Além disso, preservaria 3,07 milhões de empregos. A Confederação Nacional da Indústria (CNI) que fez essa estimativa e apresentará nesta quarta (18), no Encontro Nacional da Indústria 2020.
Conforme informações da Agência Brasil, o levantamento considerou os impactos como o pagamento de tributos e o aumento da renda. E também de um eventual aumento nas exportações de manufaturados ao pico. De acordo com o estudo, de 2005 a 2008, o país exportou no total, 0,8% dos produtos industrializados em todo o planeta. De lá para cá, a participação caiu para 0,6%.
Se a participação continuasse, as exportações industriais subiriam dos atuais US$ 82,2 bilhões por ano, para US$ 105,3 bilhões anuais. Desse modo, representando uma alta de 28,1%. De acordo com o estudo, cada US$ 1 bilhão exportado a mais por ano gera R$ 4,4 bilhões para a economia, em impactos diretos e indiretos, sobre impostos e renda. Dessa forma, sustentaria 36.004 postos de trabalho.
DESAFIOS
Para aumentar as exportações, a CNI acredita que as empresas brasileiras precisam se inserir melhor no exterior. Conforme o diretor de Desenvolvimento Industrial da entidade, Carlos Eduardo Abijaodi, o Brasil precisa combinar a abertura comercial com a reforma tributária. O que aumentaria a competitividade dos produtos brasileiros no mercado internacional.
O CNI também aponta como medida necessária o fortalecimento das medidas de defesa comercial. Dessa maneira, aplicando retaliações a países que subsidiam exportações, como a China. Apenas em 2019, o Brasil importou US$ 5 bilhões em produtos com subsídios condenados pela Organização Mundial do Comércio (OMC).
SEM BUROCRACIA
Além disso, a CNI também defende a desburocratização do comércio exterior. A confederação acredita na redução de barreiras comerciais em terceiros mercados, investimentos em logística e infraestrutura para o comércio internacional. Outra indicação da entidade é a concessão de financiamentos e de garantias às exportações, para impulsionar a conquista de mercados internacionais.
Por causa da pandemia de covid-19, as exportações de manufaturados brasileiros caíram 20% de janeiro a setembro, em relação ao mesmo período de 2019.
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